Perdas Sem Nome

Hoje por não ser um dia especial, me parece que parte da minha fé se rompeu, partiu e não há como encaixar. A liga da fé que junta ao pó faz do barro um novo vaso, parece se perder no vácuo de se estar só. Estou em desdobras por dentro.

Sinto como se alguns fragmentos de mim tivessem sido expostos por corredores sem fim, de algum estabelecimento popular. Fragmentos que estão a ser apresentados por alguém que não sei o nome, nem reconheço a voz. Mas ainda assim sigo entre mais um na exposição de fotos coloridas, preto e branco e textos pregados pela parede. Algumas multimídias mostravam vídeos de momentos, sonhos de outros tempos, trechos de clipes de músicas que adoro.

Tudo misturado se pregado em ordem junto, liquidificado, batido. Ainda não seriam completos em quem me transformei. É uma queda de braço que sempre perco comigo mesmo quando me desafio a dar passos além. Nessa luta de forças contra a minha força não se perde por perder. E nessa perda pode nem sempre se ter algo a ganhar. E a queda me deixa o braço da fé cada vez mais fraco, dando a idéia que toda idéia tende a se acabar, que toda esperança esta limitada, e algumas perdas irão sempre me derrubar.

Há um retrocesso nessa queda que fortalece o braço da realidade, nesses dias de selvagens, vai se esvaindo a purificação da minha essência. E o braço do desadoro se fortalece sempre mais, nessa vida onde nos perturba o presente e o futuro, e nada nos traz paz. Confusa é a força que leva essa queda de braço se repetir cada vez mais. Derruba-me o que deixo pra traz, mas me fortalece o que virá pela frente. Cresço em forma diferente. Percebo em toda queda, um novo levantar.

Alias
Enviado por Alias em 30/06/2009
Código do texto: T1675027
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