Fatos Marcantes

Ontem, num barzinho, ouvi uma turma de amigos conversando. Eles se perguntavam onde estavam na manhã do dia 11 de setembro de 2001, no exato momento em o avião colidiu com o World Trade Center, em Manhattam, Nova York. Logo pensei onde me encontrava. Não foi difícil lembrar. Na hora do atentado nos U.S.A, eu estava no ambulatório, trabalhando, consultando meus pequenos pacientes. Só soube do fato depois de mais ou menos 2 horas. Se o avião tivesse atingido o posto de saúde onde trabalhava, ao invés das torres, com certeza eu teria morrido sem saber o que me atingira.

Algumas datas marcam bastante. Jamais esqueci o dia em que o homem pisou na Lua pela primeira vez, no dia 20 de julho de 1969. Eu estava brincando na rua, quando meu pai me chamou e disse: Filho, venha ver uma coisa importante que você jamais esquecerá. Larguei o que estava fazendo e fui para frente da T.V. Ele tinha toda razão. Eu nunca esqueci aquela cena.

Agora me veio na memória o Tricampeonato da Copa do Mundo de Futebol, que o Brasil ganhou no México, em 21 de junho de1970, trazendo para casa definitivamente a Taça Jules Rimet. Estava reunido com toda a minha família, na sala da casa dos meus pais, encantado com a T. V em cores e com a conquista do título. Depois do apito final, eu, meu irmão e alguns amigos e amigas, fomos comemorar num bar, no centro da cidade, famoso pela boêmia e pela presença de intelectuais, jornalistas e artistas. Foi uma grande festa, cheia de alegria. Enquanto isso, muitas pessoas eram perseguidas, torturadas e mortas, nos porões da ditadura, que depois tirou proveito das glórias do nosso time de futebol. Quem viveu aqueles momentos, se recorda muito bem, do slogan desta propaganda. Brasil, ame-o ou deixe-o. Bem, é outro assunto.

Recordo como se fosse hoje, o dia em que soube que tinha passado no vestibular para o curso de medicina. Eu estava dormindo e fui acordado pelo meu pai, que com o rádio na mão, me pedia para ouvir a lista dos aprovados. Guardo até hoje a emoção daquele dia

Também tenho bem vivo dentro de mim, o domingo, 1º de maio de 1994, quando Ayrton Senna bateu com o carro e morreu, no GP de San Marino, em Ímola. Estava com meus filhos numa praça. A notícia chegou como uma bomba, me deixando sem ar, sem acreditar. Foi um dia muito triste para mim e com certeza para muita gente. Afinal, naquela manhã, perdemos o nosso carismático Ayrton Senna. A partir daquele dia, nossos domingos perderam um pouco da magia, alegria e esperança.

Neste mesmo ano, no dia 8 de dezembro, eu estava em casa, quando recebi a notícia do falecimento de Tom Jobim, maestro e cidadão do mundo. Autor, em parceria com Vinícius de Moraes, da canção brasileira mais executada no exterior, Garota de Ipanema. Ele foi um dos maiores expoentes da música brasileira e um dos criadores da bossa nova. Triste não é viver na solidão, mas sem ele.

Já na morte de Michael Jackson, em 25 de junho de 2009, eu estava na internet. Na hora me veio a imagem do pequeno menino negro, que começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5, e depois, em 1971, sua carreira solo. Mais tarde, tornou-se o “rei da música pop”.

Bem, hoje não aconteceu nenhum fato marcante, mas não deixa de ser um dia muito importante e especial para mim. Afinal, estou aqui, com o coração ainda batendo forte, e fazendo o que mais gosto: escrever.

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 30/06/2009
Reeditado em 30/06/2009
Código do texto: T1674711