AH, ANOS 80!...
A repercussão sobre a morte de Michael Jackson me fez voltar aos anos 80, quando ele esteve no auge do sucesso e da fama e ainda longe dos escândalos que cercaram a sua vida pessoal. Confesso que fiquei muito triste com a notícia da sua morte, pois foi ele o meu grande ídolo da música e da dança da época que, para mim, foi o início, o meio e o fim dos “anos dourados” da minha geração.
Em meados dos anos 70 (lembro-me muito bem!) as festas não eram em boates e/ou clubes, mas sim nas casas de amigos ou conhecidos, ou ainda de conhecidos dos amigos ou de amigos dos conhecidos mais próximos. Entretanto, apesar da distância afetiva, as portas ficavam sempre abertas a quem estivesse a fim de se divertir, de dançar, de conquistar uma namorada (na época não existia essa de “ficar”!)... E aos que gostavam de dançar de “rostos coladinhos”, as músicas mais tocadas nessas festas eram “Ben” e “I’ll be there”, dos Jackson Five, grupo que projetou ao mundo o inesquecível Michael Jackson.
Voltando a falar dos anos 80, considero-os “dourados” porque foi naquela época que surgiram as grandes bandas musicais do cenário nacional (Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Titãs, Barão Vermelho, Engenheiros do Hawai, dentre outras) e internacional (U2, The Police, A-Ha, Duran-Duran, Tears For Fears, e outras mais), que ressurgiu o fenômeno Michael Jackson, que se deu fim à Ditadura Militar, que os grandes gênios brasileiros começaram a voltar do exílio, que comecei a namorar minha esposa, que nasceram os meus filhos...
Como se vê, motivos eu tenho de sobra para considerar a década de 80 como “a década” da minha geração, pois foi naqueles anos que, embalado pelas músicas de Michael, vivi os melhores e mais românticos momentos da minha vida, apesar da “melancolia” e das “promessas de amor” cantadas por Raul Seixas em “Anos 80”.
Hoje, eu e meus contemporâneos sentimos saudades daquela época e choramos a morte do grande responsável pela revolução do Show Business mundial, Michael Joseph Jackson.