Orestes Barbosa
O grande Orestes Barbosa foi realmente, o maior poeta da música popular brasileira. Nascido em Vila Izabel, no Rio de Janeiro, em 7 de maio de 1893 de família humilde, sempre teve dentro de si uma enorme força de vontade e uma grande inteligência.
Quando moço foi trabalhar em jornal, no Rio de Janeiro, e se destacou em todos os grandes jornais do Estado.
Em 1917 já havia escrito o livro de poesias “Penumbras Sagradas”, e no rádio, nascente, foi cronista teatral. Ai por volta de 1929 gravava sua primeira música “Romance de Carnaval”, com o cantor Arnaldo Pescuma, que era conhecido como o interprete da voz de veludo, que embalou os sonhos de nossos avós.
Em 1935 fez o samba “Carioca” interpretado por Castro Barbosa, que foi um bom cantor até 1940 quando se dedicou ao humorismo e depois fez muito sucesso junto com Lauro Borges na famosa PRK-30, na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
Orestes Barbosa de 1932 a 1940 se aliou, primeiro a Francisco Alves e depois com Sílvio Caldas, e fizeram juntos, nada menos do que 30 composições, que hoje compõem o rico acervo de nossa música popular brasileira.
Em 15 de agosto de 1966, na venerada Paquetá, Orestes nos deixou e foi atender um chamado de Nosso Pai.
Mas não ficamos órfãos, pois nos foi deixada uma imensidade de jóias musicais, como:
Chão de Estrelas, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Dama da Minha Vontade, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Santa dos Meus Amores, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Meu Companheiro, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
O Nome dela não Digo, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Adeus Mocidade, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Serenata, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Ciúme, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Torturante Ironia, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Ouve Esta Canção, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Quase que eu Disse, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Palhaço ao Luar, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Meu erro, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Sergipana, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Arranha-Céu, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
Adeus, de Orestes Barbosa e Francisco Alves;
Verde Amarelo, de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas;
A Mulher Que Ficou na Taça, de Orestes Barbosa e Francisco Alves.
E muitas jóias mais da Música Popular Brasileira.
Para aqueles que não conhecem as músicas de Orestes Barbosa, aqui segue um pequeno trecho da valsa “Serenata”, gravada por Sílvio Caldas, o Caboclinho querido:
Dorme, fecha este olhar entardecente
Não me escutas, nostálgico a cantar
Pois não sei se feliz ou infelizmente
Me é dado, beijando te acordar
Dorme, deixa os meus cantos delirantes
Dorme que eu olho o céu a contemplar
A lua que procura diamantes
Para o teu lindo sonho ornamentar.
Vejam a riqueza poética desta valsa. Mas tudo o que Orestes Barbosa escrevia era ouro puro. Pena que tudo está esquecido. Nossas emissoras fazem o possível para que estes grandes nomes da música nunca sejam lembrados. Se até Roberto Carlos, ídolo de todos numa época mais recente, está sendo esquecido, o que se esperar de Orestes Barbosa e tantos outros?