A Justiça de olhos vendados

A história às vezes nos passa a impressão que deveríamos ver os fora da lei mofando nos presídios mais imundos que se tem notícia. Outras vezes a mesma história mexe com os nossos sentimentos, talvez levando-nos a mudar de idéia porque:

“nem todos os homens são aquilo que se apresenta ser, e nem todos são aquilo que não se apresentam ser”.

Já assistimos muitos inocentes serem eletrocutados na cadeira elétrica, como também já assistimos inúmeros assassinos, principalmente “serial Killer” saírem ilesos sem pagarem pelos seus crimes.

Parafraseando “Chessman”, assim age a Justiça: coloca nas mãos da lei uma espada para tentar atingir o réu. Ao réu, faculta-lhe um escudo para se desviar, defendendo-se da espada da lei. Mas se o escudo não é dos melhores, certamente ele será atingido.

Assim é a justiça, Se somos assistidos por bons advogados dificilmente seremos alcançados pelas garras da lei, mas se não tivermos condições de ter os melhores, fatalmente cairemos nas unhas da lei, às vezes mesmo sendo inocentes. Tais erros jurídicos não raros acontecem em nosso meio. Então, se não tiver um bom advogado, esqueça!

Por esse motivo, são poucos aqueles que acreditam na mulher de olhos vendados, porque se acaso precisarmos dela, nunca a encontramos. Ela dorme, dorme está sempre dormindo ou fingindo que está dormindo; gente pequena e humilde não tem vez com ela. Mas ao chegar alguém grande de grandes poderes financeiros, ou político, ela acorda, acorda sedenta de justiça, ou...injustiça.

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 29/06/2009
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