SÃO PEDRO, O DAS VIÚVAS
Só as viúvas festejam São Pedro,nos dias de hoje.Só elas queimam fogueiras,talvez,para abafar o fogo nos seus corações solitários.
Agora,nas adivinhações,o santo continua imbatível.Um oráculo respeitado.
Na Bahia de outrora, contava-se a estória de uma mocinha que andava triste com a falta de pretendentes,numa época em que o casamento era a única ocupação da mulher e seu único refugio contra as privações e os azares da sorte.Ela fez todas as adivinhações de São João e nada de aparecer uma pista ;uma vez apareceu um véu de noiva na clara do ovo,mas,tanto podia significar casamento como mortalha.Aí ela tomou uma decisão.Benzeu na fogueira uma vasilha com água,derreteu o chumbinho que antigamente vinha preso nas ourelas das peças de tecido e deu prosseguimento ao ritual.Acreditem,vocês,garotas de hoje,que ficam,azaram,vão ás baladas e não estão nem aí para pretendentes.Dentro da bacia,apareceu,nitidamente a figura de um homem jovem,com um violino ao queixo,de pé,num navio.No ano seguinte,já mais tarimbada nos adivinhos,rezou a oração de S.Pedro e postou-se atrás da porta da rua com a boca cheia de água,como se fosse fazer um bochecho.Não demorou muito,ouviu alguém gritar;_Francisco,Francisco!Anda prá casa, menino!...
Meses depois aportou a Salvador uma embarcação,trazendo um violinista chamado Francisco,que andava sempre com a cabeça um pouco inclinada para o lado.O navio apresentou um defeito qualquer e teve que ficar quinze dias no porto,tempo suficiente para os enamorados se encontrarem,namorarem e casarem.È verdade e dou fé.Sei que foram felizes para sempre.
Só as viúvas festejam São Pedro,nos dias de hoje.Só elas queimam fogueiras,talvez,para abafar o fogo nos seus corações solitários.
Agora,nas adivinhações,o santo continua imbatível.Um oráculo respeitado.
Na Bahia de outrora, contava-se a estória de uma mocinha que andava triste com a falta de pretendentes,numa época em que o casamento era a única ocupação da mulher e seu único refugio contra as privações e os azares da sorte.Ela fez todas as adivinhações de São João e nada de aparecer uma pista ;uma vez apareceu um véu de noiva na clara do ovo,mas,tanto podia significar casamento como mortalha.Aí ela tomou uma decisão.Benzeu na fogueira uma vasilha com água,derreteu o chumbinho que antigamente vinha preso nas ourelas das peças de tecido e deu prosseguimento ao ritual.Acreditem,vocês,garotas de hoje,que ficam,azaram,vão ás baladas e não estão nem aí para pretendentes.Dentro da bacia,apareceu,nitidamente a figura de um homem jovem,com um violino ao queixo,de pé,num navio.No ano seguinte,já mais tarimbada nos adivinhos,rezou a oração de S.Pedro e postou-se atrás da porta da rua com a boca cheia de água,como se fosse fazer um bochecho.Não demorou muito,ouviu alguém gritar;_Francisco,Francisco!Anda prá casa, menino!...
Meses depois aportou a Salvador uma embarcação,trazendo um violinista chamado Francisco,que andava sempre com a cabeça um pouco inclinada para o lado.O navio apresentou um defeito qualquer e teve que ficar quinze dias no porto,tempo suficiente para os enamorados se encontrarem,namorarem e casarem.È verdade e dou fé.Sei que foram felizes para sempre.