Sejamos homens do presente

Já perceberam o que acontece quando, por qualquer razão, surge a perspectiva de haver mudanças na rotina da vida das pessoas? Sempre que algo está para sofrer um processo de correção de rota, o ser humano liga as suas “antenas”, criando defesas contra aquilo que ele supõe seja uma ameaça à sua integridade. O medo do que possa acontecer, com a quebra de paradigmas e com a mudança para caminhos alternativos, cria “fantasmas” na mente daquele que não está preparado para crescer - um típico exemplo podemos encontrar dentro das empresas, onde os funcionários em cargos de chefia preocupam-se em esconder particularidades do trabalho sob suas responsabilidades, com receio de perderem os empregos. _Santa ignorância! Assim, toda vez em que a empresa criar cargos superiores, irá lançar mão do mercado externo, em lugar de proporcionar chances àqueles que são “insubstituíveis”. De mais a mais, estes acabam por entrar na mira dos seus patrões, que não podem ficar eternamente na dependência do humor de quem possui as chaves e os segredos de alguma operação específica do empreendimento.

Já tivemos a oportunidade de discorrer sobre as sábias palavras de Heráclito, onde ele deixa bem claro que tudo no universo está em “permanente” mudança, de forma ininterrupta, portanto não poderemos seguir no cumprimento da nossa missão de vida, se teimarmos em nos manter na inércia, isto é óbvio. Ora, se alguém não estiver preparado para mudar, apenas estará prestes a entrar em colapso logo mais adiante, sem dúvida alguma, porque essa situação demonstra uma evidente dissonância de situações, ou seja, o homem somente passará pela vida, com dignidade e bom senso, de maneira firme e segura, sempre em um crescendo, enquanto se mantiver dignamente preparado para acompanhar quaisquer mudanças, que infalivelmente irão ocorrer ao longo do fluir implacável do tempo. _Sejamos homens do presente, se quisermos ter futuro. A nossa preparação, no decorrer do dia de hoje, irá nos garantir a devida proteção no enfrentamento das discrepâncias que advirão a partir de amanhã.

O passado é história e o futuro a Deus pertence, portanto usemos os acontecimentos já ocorridos como caminhos de aprendizado e de compreensão sobre os fatos presentes, assim nos propondo a mudar o rumo do nosso futuro, através das ações de hoje. Está em nossas mãos o traçado do nosso destino e o dos descendentes, então tomemos consciência dessa verdade e partamos para a ação definitiva, rumo ao andamento das mudanças. Ninguém, nem mesmo Deus, irá nos salvar, se não entrarmos em sintonia com as vibrações espirituais do momento e se não nos pusermos a aprender o máximo sobre o Caminho Perfeito e como fazer para trilhá-lo.

O homem do passado conseguiu trazer este planeta até as desastrosas condições ecológicas e morais do presente, ou seja, tem se esforçado, com muita dedicação, para destruir a si mesmo, levando com ele os seus semelhantes, apenas para satisfazer o seu ego, a sua ganância e o seu apego, pouco se importando com o custo dessa estupidez e, agora, não sabe o que fazer com essa sua “grande obra”. O pior nessa história toda é que o homem contemporâneo continua seguindo o mesmo modelo insano do passado e não sabe por que razão as situações de conflitos, de miséria e de doenças continuam piorando, em todo o mundo. Realmente, tudo isso é deveras preocupante, portanto algo tem que ser feito, com toda a urgência, e está na dependência da transformação de cada ser humano em homem do presente.

Todo homem do presente deverá estar preparado até para enfrentar a fatalidade da morte física, que é o acontecimento infalível da vivência humana, para isso basta ele compreender o que a passagem ao mundo espiritual verdadeiramente representa no andamento da evolução da individualidade, e ter a certeza de que tudo está sob o poder de um Comando Maior, no que tange à naturalidade do nascimento, do crescimento, do envelhecimento, da morte e da reencarnação, sempre em novos ciclos, com alternância entre vivência terrena e vida espiritual.

Aquele que vive sabiamente é um iluminado.

Moacyr de Lima e Silva
Enviado por Moacyr de Lima e Silva em 29/06/2009
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T1672607