Crônica quase infantil
Edson Gonçalves Ferreira
Peter Pan acabou de chegar. Perguntou-me sobre o menino Michael Jackson e ressaltou que ele partiu cedo, porque não queria ficar
velho e, agora, está na Terra do Sempre, ao lado do Verbo. Na mesma hora, a Branca de Neve chegou e ressaltou que ele tinha o coração sonhador como o de uma menina sonhadora.
Quando eu ia abrir a boca, o gato de Alice estava na porta do escritório, sorrindo, enigmático para mim e a Emília, chegando, gritou:
_ Arrumando as malas para a Terrinha, meninão? Aí, lembrei-me do e-mail da Susana Custódio que me espera em Lisboa, enquanto a Malubarni me espera com o Miguel no Porto. Respondi: _Quem me chama de meninão é a Sônia Ortega, atrevida!
Sem papas na língua, a Emília respondeu-me: _ Já sei que a Adélia Prado vai mandar presentes em nome dela, através de você, para alguns em Portugal. _ Quem lhe contou? - perguntei -- _ Foi um passarinho. _ Vai sim, amanhã, cedinho, vou na casa dela para tomar um café e pegar umas coisinhas, porque a hora está chegando!
Aí, a Rainha de Copas entrou, berrando: __ Se a Adélia não mandasse, eu mandava cortar a cabeça dela! _ Nada disso, Madame, a Adélia é minha amigona, se você abusar eu corto é a sua cabeça. Peten Pan entrou na conversa e disse? __ Você é que nem eu e o Michael Jackson, não vai ficar velho nunca. Adulto e maturo você já é. Mas ainda tem sonhos próprios de um adolescente. Fiquei com os olhos marejados.
Antes que eu abrisse a boca, a Emília fez uma palhaçada e todos caíram na risada. O gato de Alice só deu um sorriso enigmático e o Menino que tudo contemplava, abraçando a minha perna disse: __ Eu vou juntinho com o Edson, gente, juntinho!
Divinópolis, 28.06.09