Jornalismo
Na atividade da profissão de jornalista deixou no momento de ser necessário o diploma em escola de nível superior neste curso.
Naturalmente que as opiniões são as mais diversas da tomada pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão ainda não é definitiva, mas pelo número de ministros que entendem ser dispensável a formação universitária, parece que não há mais volta. O grau superior está abolido, para ser jornalista.
A profissão foi exercida longos anos, sem diploma. Muitos jornalistas famosos, dos melhores que já tivemos, eram pessoas cultas, com vocação para o mister e sobretudo talentosas. Donos de bom português, davam pouco ou nenhum trabalho ao revisor. Lembro de um comentário de Villas-Bôas Corrêa, falando sobre o Castelinho, como era conhecido um dos maiores jornalistas brasileiros, Carlos Castelo Branco. Dizia Villas que ele chegava à redação, preparava a máquina de escrever e batia seu texto. Terminado, fazia a revisão, e num instante a matéria estava pronta para ser impressa. Tudo isto com grande rapidez, no trabalho. Os colegas ficavam admirados com a falta de necessidade de revisão do jornal.
Não cursaram jornalismo, mas direito.
Hoje os tempos são outros. Jornalistas famosos não correm atrás da notícia. Ela vem pronta e acabada em suas mãos, bastando a cautela de verificar se tem ou não fundamento.
Convém lembrar que no Rio de Janeiro temos excelentes faculdades de jornalismo, o que não garante que o formado vai ser um excelente profissional.
Realmente, o jornalista não precisa de conhecimentos científicos, mas jornalismo não é ciência, é informação. Informação que deve ser transmitida da maneira mais fiel, isenta e correta no vernáculo. Muitos advogados que levam o estudo a sério podem exercer, como exerceram, a difícil e delicada arte de informar. A responsabilidade dos analistas é bem maior ainda.
Parece-me que os que têm talento, aptidão e amor à imprensa podem escrever livremente, formados ou não. Nunca existiu uma faculdade de escritores, e, no entanto, o número deles é significativo.