Farewell, Moonwalker!
Os blocos do Cruzeiro Novo ficaram em silêncio há 25 anos. Todos estavam dentro de casa, de seus quartos, de suas salas para assistir o novo clipe do Michael Jackson: Thriller.
O interesse era geral, até meu pai que só gostava de forró e não ouvia nenhuma música internacional, parou para assistir aquele video-clipe que parecia um filme de terror. Acompanhamos aquela música dançada por aquele monte de zumbis até o susto final, onde Vicent Price, um ator famoso pelos seus filmes de horror, dava a gargalhada que assustaria os meninos por muitas noites ainda por vir. Em outras palavras, levar susto era um barato, ao som do Michael era melhor ainda.
Mais horripilante ainda foi a moda que começava. Em toda festa que íamos, lá estavam os meninos imitando os passos dos zumbis e cantando Thriller de cor e passeado. Eu não sabia, mas estava vivendo uma época que entraria para a história da música pop.
Eram os Anos 80 e tudo parecia mesmo intenso e ao mesmo tempo inocente.
Em meio a essa onda de homenagens, odes ao Michael Jackson, eu não poderia deixar de lhe prestar uma homenagem, uma vez que cresci ouvindo seus albúns e ficava mesmo triste, toda vez que um escândalo manchava os passos desse Moonwalker.
Inegável é o fato que esse eterno menino era mesmo talentoso e que pagou um preço alto pela fama e por ter se tornado uma celebridade. Porém, inesquecível para mim também é a lembrança que parte do escritor que me tornei se deve ao legado musical que ouvi, deixado por grandes artistas, de Elvis ao Caminhante da Lua que deve estar nesse momento dançando nas estrelas.