CONTO DO VIGÁRIO

 
O que passo a contar se passou no aeroporto de Madri – Espanha, quando por acaso fui bater por lá em uma das minhas tantas viagens. Neste tempo de vez enquanto eu dava um rasante, e chegava a qualquer lugar, ou continente que me fosse ordenado a ir. E nisto aconteceu que no saguão do aeroporto deparei com uma moça brasileira que não fora para lá por querer apenas conhecer a Europa.

Mas devido a um homem que lhes prometera o céu e a terra das castanholas, que viveriam para sempre felizes. A nossa conterrânea acreditou nas promessas de amor, e supostamente foi parar numa danceteria daquelas existentes em qualquer esquina. Como também, recordava das tantas moças latinas que também encontrei nas avenidas holandesas quando por lá passei.

E vi muitas coisas interessantes, como por exemplo, o museu do sexo. Não me recordo bem o nome do local, não sei se fora em Amsterdã, ou noutra cidade. Já faz algum tempo. 

Pois bem, essa moça que se aproximara de mim no aeroporto, contou-me uma história muito linda, uma história do tempo dos contos de princesas, príncipes, reis e rainhas, só esqueceu-se de me contar o nome do vigário que aprontou tanto em cima da brasileira.
 
Até que pude perceber que isto acontece normalmente com essas moças que sonham em ter uma vida melhor que as que lhes são oferecidas pelos seus pais com tanto sacrifício.

Recordei naquele instante até da atriz Dirá Paes que faz o papel da Norminha, em Caminho das Índias, quando a mesma trabalhou no filme , Ó Pai, Ó!   

E mostrou para todos que assistiram a este filme o sonho, e a decepção sofrida por essas meninas que são ludibriadas, enganadas por muitos desses que por aqui chegam. Coisa que não são apenas por onze minutos como nos conta outro escritor em um dos seus romances.