SIMULTANEIDADE EVENTUAL

Quando o assunto é conversa ao telefone, as atitudes variam de uma pessoa para outra, tranquilamente. Por exemplo: algumas detestam falar ao celular em público; outras, dotadas de exibicionismo, adoram! Parece que ficam torcendo para alguém ligar quando estão em algum lugar público, principalmente em lotações, metrô, trem etc. Enquanto isso, umas detestam ser importunadas quando estão em casa ou no serviço, mormente quando ocupadas e até gesticulam para quem atendeu a ligação, insinuando que não estão ali. Outras, paradoxalmente, vivem querendo saber se alguém ligou para elas enquanto estavam ausentes. Em síntese: falar, conversar ao telefone é uma atitude, aparentemente simples, normal, comum. Porém, há sempre alguém que sempre exagera, que se excede, principalmente no universo feminino. As mulheres, que me desculpem, mas é o que sempre é notado e visto por aí. Com isso, não estou querendo dizer que não exista homem tagarela! Lógico que há e muitos.

Mas, voltando ao assunto das mulheres, vamos ao fato que aconteceu. Quando duas mulheres que gostam mesmo de conversar e rola aquele papo, estando cada uma em suas respectivas residências, aí o assunto vai longe!...O tempo passa que elas nem percebem. Tudo pode acontecer quando duas amigas, em determinada hora, estão assim numa conversa longa e intransferível e coincidentemente, os seus respectivos cônjuges chegam nesse exato momento. Ambos, por sinal, com vontades díspares. O primeiro, logo que entrou e percebeu a sua mulher preparando algo no fogão, o seu apetite aumentou e gesticulou, para não atrapalhar a conversa que ela mantinha ao telefone, que gostaria logo de comer alguma coisa. Esta entendeu e atendeu. Enquanto no segundo caso, o maridão quando viu a sua querida mulher, com roupas íntimas e deitada no sofá, não pensou duas vezes. Tomou um rápido banho e sua libido veio à flor da pele. Não aguentou esperar a hora de dormir. Foi ali mesmo e naquele instante. Pois ele já sabia que aquele papo era furado mesmo, então começou a cariciá-la e e ela aceitou e correspondeu ao seu desejo, mesmo sem soltar o aparelinho do ouvido. Como ela já sabia que ele tinha problema de ejaculação precoce, principalmente quando estava assim ansioso, não fez questão de interromper a conversa com a amiga. Só que que no auge do prazer, deixou escapar:

-Mas já acabou?

Ao que a amiga, não entendendo muito bem aquela pergunta inusitada e fora do assunto que estavam conversando, quis saber o que estava acontecendo. Ao que a outra respondeu:

-Desculpe, é que o meu marido começou a comer algo e foi muito rápido e por esse motivo admirei que ele já tivesse acabado!....

-Engraçado, que coincidência, aqui em casa foi a mesma coisa!...

-Nossa, amiga, eu não sabia que seu maridão fosse assim sedento por sexo igual ao meu!..

-Sexo? Do que você está falando? Você bebeu alguma coisa?

-Deixa pra lá, amiga. Esquece o que falei. Depois, pessoalmente, eu desvendarei essa gafe!

No mínimo quando essas duas se encontraram o assunto foi esse, o que deve ter sido sido motivo para muitas gargalhadas! Ah, essas mulheres! Que seriam dos homens sem elas!....

João Bosco de Andrade Araújo

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JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 24/06/2009
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