Carpe Diem - Viva o agora

Carpe Diem é uma expressão latina que significa algo como “viva o agora”. E viver o agora deveria ser a coisa mais simples do mundo, já que não podemos materialmente viver noutro tempo!

Mentalmente, porém, podemos fazer viagens incríveis entre o passado e o futuro.

Isso é muito bom, mas algumas vezes pode causar problemas, pois adoecemos quando nos apegamos aos receios, medos e traumas do passado ou, de modo semelhante, ficamos angustiados na expectativa do futuro.

DESAPEGO

Viver o dia de hoje é desapegar-se e desapego não é simplesmente desfazer-se de objetos ou ater-se ao que é necessário agora.

É também isso, mas não apenas isso.

Desapego consiste na aceitação da fluidez da vida, da sucessão dos fatos, coisas, sentimentos, emoções, relações etc. É uma espécie de entrega. Entrega ao mundo, do qual se participa. Abdicação de toda forma de controle.

Libertação. Nada de medo, de ansiedade. Confiança!

Acredito plenamente que possuímos uma tendência natural ao equilíbrio. Como tudo na natureza, nosso organismo procura o equilíbrio e faz isso independente do nosso querer. É função dele. Nosso papel é não atrapalhar o seu processo. E viver o agora é justamente não atrapalhar. Parar de querer saber tudo, dominar tudo, resguardar, consertar, como se tivéssemos o supremo poder de salvaguardar o mundo!

CULTURA DO MEDO

Vivemos numa cultura de medo. Agora todo mundo se desespera com as catástrofes naturais. E até isso a gente quer controlar diminuindo a poluição, separando o lixo e comprando papel reciclado. Claro que devemos fazê-lo, por uma questão de respeito à vida, mas não por medo do tsunami, do terremoto. O mundo há de transformar-se a despeito de nosso desejo de mantê-lo intacto. Cuidar dele é dever para o agora, não para o amanhã. Não para que ele deixe de mudar, mas para que enfrentemos bem as mudanças.

Precisamos ter medo para fazer o que é devido? Quanta gente cuida da saúde pensando em não adoecer? É medo!

Saúde é desejável para estar bem a cada dia, independente do que poderá acontecer no momento seguinte.

Todos vamos mudar, sempre! Aceitemos este fato e vivamos um dia de cada vez, sem desespero, mas aproveitando cada inspiração e expiração. Cada deglutição. Cada olhar, toque, abraço.

O QUE CARREGAMOS NA CABEÇA?

Há um conto Zen muito interessante!

Dois monges estavam à beira de um rio. Eles tinham alguns votos e um deles era que não podiam tocar em mulher alguma.

Só que uma mulher se aproximou do rio e queria atravessá-lo, sem conseguir. Gentilmente, um dos monges a levou para o outro lado.

O outro ficou indignado:

- “Você não sabe que não podemos tocar em mulher? Como você a carregou até a outra margem?”, ao que foi respondido:

- “Me admira tu! Eu, quando a carreguei até o outro lado, deixei-a lá; mas tu, até agora, ainda carregas esta mulher!”…

E nós, o que estamos carregando pesadamente em nossas cabeças, que não faz parte do agora?

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Artigo da Revista Exame: Carpe Diem

Autoria desconhecida.

Um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito.

Sua vida acabou! Fim.

Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido.

Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios.

Seu amor imenso pelos filhos e sua incapacidade de expressar esse amor.

Seu medo da velhice, suas preocupações em relação a sua aposentadoria.

Sua insegurança em relação ao seu real talento, as chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca as regras a cada seis meses.

Seu receio de que sua mulher, ou seu companheiro, de cuja atenção você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou o pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo (a).

Seus sonhos de trocar de casa, de trabalho, de hábitos.

Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo suas saudades do cigarro.

Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo), dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo.

Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado.

Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado.

Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim!

Então aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis

Não deixe nada para depois.

Diga o que tem para dizer. Demonstre.

Seja você mesmo,

Não adie alegrias, nem contentamentos, nem sabores bons.

Seja feliz Hoje! Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança.

No fundo, só existe o HOJE!

Por isso se chama Presente. CARPE DIEM – Aproveite o dia.

Guarde em seu coração quem realmente importa em sua vida.

Um dia pode perceber que perdeu um diamante, enquanto se ocupava colecionando pedras.

Artigo publicado na Revista Exame.

Autoria desconhecida. ***************************************

Prece para os que partiram.

Senhor do Universo!

Radioso, Belo, forte!

Grande é o Teu amor

Teus raios brilham aos olhos de toda criatura,

Cuide de seus filhos

O cordão que os ligava a terra foi rompido bruscamente.

Estão desorientados, surpresos e questionam onde estão.

Misericórdia senhor,

O Universo é uma sinfonia de obediência,

Garantindo os objetivos da evolução

Embora latente a força da vida

Somos peregrinos cegos na escuridão da noite

No tempestuoso mar da existência

De assimilar a forma do Pai

Que se revela

No Mais íntimo da consciência.

Senhor,

Que a Tua luz suavize

O sonho inquieto da vida finda!

Para as almas,

Proteção, transporte, novo esplendor,

Que assim seja

Que assim seja.

que Assim Seja.

(Marília).

"O Coração da Primavera

Rabindranath Tagore

No dia em que a flor de lótus desabrochou

A minha mente vagava, e eu não a percebi.

Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.

Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.

Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro

De um perfume no vento sul.

Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.

Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.

Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim,

Que ela era minha, e que essa perfeita doçura.

Tinha desabrochado no fundo do meu coração

Marília
Enviado por Marília em 23/06/2009
Reeditado em 05/03/2014
Código do texto: T1664130
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