Um dia de crônica sem crônica
O que é que eu tenho para comentar num dia de crônica sem crônica? Absolutamente não sei.
Talvez seja estes pensamentos aqui dentro da caixola que estão atemorizados, temendo algo que nem mesmo aconteceu ou acontecerá. Mas, na verdade, acho que nem mesmo é isso.
Fui tomado por um grande frenesi nesses últimos dias, me ocorreu algo que não ocorria havia muito tempo (claro que o que me aconteceu é segredo e não conto aqui) e minha mente passou a transbordar emoções das mais diversas e divergentes; dentre elas, o medo.
Mas, enfim, meus sentimentos não vem ao caso, mesmo que hoje seja um dia de crônica sem crônica. (Porque mesmo que hoje é um dia de crônica sem crônica? É porque em dias como esse eu me torno egoísta e esqueço de qualquer outra coisa neste mundo, o meu umbigo torna-se o centro do que eu poderia chamar de minhas atenções, por mais que eu não esteja atento a nada nos últimos dias).
O que é um dia de crônica sem crônica? Um dia assim é aquele dia em que a gente não quer pensar em nada, não quer ligar a TV, não quer ler o jornal ou mesmo acessar qualquer site de notícias na web. É o dia do saco cheio. O meu “hoje” é esse dia, talvez porque estamos no final do semestre e, como todo final de semestre, tudo parece explodir.
E o que a gente faz num dia de crônica sem crônica? Faz um monte de perguntas que ninguém precisa saber a resposta e tem, assim, uma crônica (talvez existencialista) que não é realmente uma crônica.
Se são os pensamentos dentro da caixola ou o final de semestre que me transformou em um cronista sem crônica, eu não sei, mas agora tenho certeza de que nada disso importa, porque amanhã pode voltar a ser um dia de crônica... ou talvez de poesia ou romance.
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