Desculpe a franqueza...
- Você me pergunta por que tenho tanta dificuldade em ser otimista. E eu então lhe pergunto “por que ser?” (ou deveria perguntar Pra quê?) A vida não é um mar de rosas não, aliás, muitas vezes a vida não chega nem mesmo a ser um mar - no seu sentido belo e forte - mas é traiçoeira. Desculpe! Eu não tenho o dom de confiar no futuro e nem é de meu feitio atender sempre o lado positivo das coisas. Talvez se me falasse sobre isso semana passada eu pudesse ser um pouco mais otimista sobre o tema ‘otimismo’, mas essa semana não está favorecendo uma doutrina positiva, então não me venha com histórias de que o bem prevalece o mal e que o mundo é o melhor possível. Nem mesmo me jogue a culpa se por acaso o mundo não seja perfeito. É uma péssima mania achar que tudo vai ter jeito. Onde comprou tanta alegria? Isso não cabe na minha vida vazia. Desculpe! Não posso ser positiva perante essa vacuidade.
- Pobre de ti! Se tua vida é vazia é porque ainda não descobriu o seu sentido... E mal sabe que nem sempre precisa tê-lo. Nada posso fazer pelas criaturas que sequer acreditam em si... ‘Quase viver’ é estar ‘quase morto’. Desculpa!