A determinação de um líder
Muitos poderão perguntar: _O que faz nascer um líder? _Por quê? _Quando? _Onde? _A posição hierárquica propicia o poder de liderança? _Quem pode ser líder? _A capacidade de comandar é inata ou adquirida? _Ou pode ser genética? . . . Como se pode constatar, o assunto é realmente polêmico, portanto pode criar discussões homéricas, baseadas na Sociologia, na Psicologia, na Administração, na Medicina Genética, e por aí vai. Uma coisa é certa, no momento em que encontrarmos o “ponto focal” que determina o nascimento de um líder de verdade, daí basta usarmos o raciocínio lógico para desenrolarmos todas essas questões, sem muitas complicações e embaraços.
Podemos começar pesquisando, jogando a hipótese da “ocasião”, ou seja, dentro de determinadas circunstâncias, em que há algum perigo iminente, alguém no meio de um grupo em dificuldades se posiciona à frente dos demais, muitas vezes usando sua experiência e conhecimento, e passa a tomar medidas de organização, de sensatez e de tranquilidade, assim muitas vezes até salvando vidas de pessoas. Também, em meio a uma reunião importante, onde o assunto, por ser polêmico, venha a criar situações de desentendimentos, com ofensas pessoais, na iminência de poder chegar “a vias de fato”, pode surgir alguém que toma a iniciativa de “pôr ordem na casa”, falando com firmeza, impondo-se aos demais, conseguindo assim controlar, no pulso, uma situação conflituosa, transformando o ambiente para uma situação de harmonia, demonstrando a vitória do bom senso sobre o descontrole emocional.
Podemos também estudar o caso de pessoas que, ao serem guindadas a posições de chefia, passam a mostrar grande força persuasiva, pulso forte com sensatez e, ao mesmo tempo, uma destacada empatia, tudo isso sem necessidade de forçar imposições ou ameaças de qualquer ordem. Há casos até em que esse superior passa a se preocupar em trazer para junto de si o subordinado que mostre maior interesse em progredir, seja confiável, prestativo, obediente dentro do bom senso, com a intenção de preparar-lhe como seu futuro substituto. Pois bem, esse chefe é, sem dúvida, um líder, bastando ter-lhe aparecida a chance de dar vazão a essa qualidade, seja inata, adquirida ou genética, o que pouco importa. O que podemos observar é que existem superiores hierárquicos que não são e nunca serão líderes, porque são chefes que “mandam”, procuram sempre mostrar que têm poder, humilham subordinados e, o que é pior, discriminam aquele auxiliar que se destaca perante os outros, ao mesmo tempo em que apoiam os “puxa-sacos”, e ainda não assumem qualquer responsabilidade sobre erros ou desmandos, sempre atribuindo aos subordinados todas as culpas, com isso procurando se perpetuarem na posição, por medo dos “sombras”, ou pelo pavor do aparecimento de suas falhas e limitações - tudo é demonstração própria dos incapazes, dos inseguros e dos pobres de espírito – o engraçado e o triste é que muitos desses infelizes chegam a ser idolatrados pelos incautos e tolos.
O homem é constituído tanto de espírito, que representa a energia da vida, como também de matéria, que representa o instrumento que propicia a evolução espiritual através do cumprimento de seu destino, pelo meio do aprendizado constante, por conta do enfrentamento de toda sorte de dificuldades, alternando vitórias e derrotas, rumo à concretização do ambiente paradisíaco na Terra. Só que essa é uma condição que será possível apenas para aqueles que fizerem por merecer, por essa razão está havendo uma seleção divina, sendo mostrada para quem tiver a capacidade de enxergar.
Em suma, o que caracteriza um verdadeiro líder é a sua alta individualidade, própria dos possuidores de uma espiritualidade de nível superior, por isso a força de sua personalidade se manifesta com plenitude, suplantando assim as demais personalidades em: atitudes, determinação, segurança, confiança, fé, espírito de busca, inteligência, sabedoria, força de vontade, visão ampla e amor altruísta - é apenas isso, nada mais.