DESENHANDO LETRAS

DESENHANDO LETRAS

Meu avô e meu pai tinham uma caligrafia bonita.Meu primo, o Toninho, mais bonita ainda. Época das caligrafias deitadas, levemente para a direita (masculinas) e redondas, não inclinadas (femininas).

Amplamente influenciado por avô, pai e pelo Toninho, que vim a conhecer quando já desenhava, um pouco, as letras, não parei mais e fui me aperfeiçoando...

Diversas e diversas vezes ao longo desses anos todos ouvi a frase: Nossa, que letra bonita!

Ouvi tanto que acabei acreditando (rsrsr).

Mas, para chegar a esse estágio é preciso escrever quilômetros e escrevi muitos deles.

Tenho, até, um célebre calinho no dedo médio, da mão direita.

Até hoje, escrevo tudo em agendas, cadernos. Anoto tudo. Haja canetas e papéis...

Raramente escrevo diretamente no computador. Antes rabisco e amasso... rabisco e amasso, só depois digito.

Sites, e-mails, tudo passa antes por esse doloroso processo. O calinho vai crescendo, crescendo... Cargas vão sumindo, papéis vão se acumulando, os quilômetros aumentando e a letra, dizem, mais bonita ficando...