Série Ego em Prosa - 3) A arte de escrever (homenagem ao Recanto das Letras)
Quarta-feira, 17 de Setembro de 2008.
Aconteceu a mesma coisa com o post anterior, um dia depois do que geralmente deveria, ele estava no ar. O importante é publicar, não é mesmo? Como estava sem inspiração, resolvi escrever hoje.
Por falar em inspiração, resolvi que esse seria o assunto de hoje.
Encontrei um site chamado Recanto das Letras (meu perfil lá, inclusive, está no link: http://www.recantodasletras.com.br/autores/poetadanight). Ele é um, de muitos espaços que existem onde autores - não necessariamente profissionais - de todos os lugares do Brasil, de várias idades, cores, raças, sexo, divulgam suas idéias e pensamentos, seja poesia, conto, crônica, cordel, rondel, poetrix (não me perguntem o que seriam, alguns dos estilos acima eu também não sei definir conceitualmente). O mais interessante é conectarmos essa facilidade ao avanço tecnológico.
Estudando um pouco da cultura pós-moderna, percebi o quanto o meio virtual abriu portas para todos terem seu espaço, divulgar suas idéias, debater temas. Houve um boom de blogs, fotologs, sites pessoais, enfim, qualquer pessoa, mesmo sem conhecimentos técnicos avançados, pode criar seu espaço em 5 minutos. Claro que muitos desistem ou abandonam a idéia depois de algum tempo, pois só seguiram a tendência e o modismo do momento, contudo, outros levam a sério suas idéias e continuam seu trabalho pelo mundo virtual afora. O Recanto das Letras é um desses sites, no qual você encontra textos, mensagens, poemas, poesias, contos, crônicas de diversos estilos de redação.
Por isso, escolhi por assunto inspiração. No site acima, as pessoas lêem e algumas comentam suas publicações. E o Brasil tem poetas, cronistas, contadores de mão cheia, que se consideram amadores, outros mais profissionais. É um intercâmbio de apaixonados pela arte de escrever. De onde vem a inspiração para tantas publicações? Como eles conseguem escrever constantemente, publicar vários textos no mesmo dia? Simples: inspiração. Amor, dor, fatos do cotidiano, acontecimentos pessoais, idéias que surgem na cabeça na volta do trabalho, ou até mesmo no trabalho, que simplesmente tornam-se poemas, prosas, contos, crônicas. Ou seja, qualquer um, em qualquer lugar, com qualquer idade, pode pegar uma palavra que seja e transformá-la em um poema. Creio que nenhum autor consagrado da literatura começou escrevendo romances. Todos eles começaram com diários, rascunhos, idéias e pensamentos que tinham, escreviam em qualquer canto, em qualquer lugar. E liam, estudavam, bebiam, viviam amores, desamores, casavam-se, tinham filhos, separavam-se, ou nem casavam. E tudo isso virava idéia, pensamento, escrevendo, poema, conto, crônica. E aí um lia, outro lia, amigos liam, recitavam em sarais, reuniões, congressos, enfim. Está pronto um escritor.
Um escritor é aquele que escreve, não necessariamente profissionalmente. É aquele que tem um caderno, um lápis ou caneta, e escreve o que vem à mente. Escreve diário, escreve em um blog, escreve em um caderno de rascunho. Não importa. A arte de escrever é a arte de transformar pensamentos e sentimentos em textos, de qualquer forma, estilo, com qualquer tamanho. “Poesia é quando uma emoção encontra seu pensamento e o pensamento encontra palavras.” (Robert Frost). Eu complementaria esse pensamento dizendo que escrever é quando uma emoção encontra pensamento e o pensamento encontra palavras. Portanto, aproveito esse post para homenagear todos os escritores, escritoras, poetas e poetisas, não só do Recanto das Letras, mas de todos os domínios. E deixo o convite aberto a quem quiser visitar o site e conhecer autores do Brasil que, na minha opinião, são mais aptos e capazes de ocuparem cadeiras na Academia Brasileira de Letras que muitos magos com tiragens de milhões de exemplares vendidos no mundo. E agradecê-los por compartilharem comigo e com todos os visitantes seus sentimentos, idéias, pensamentos, emoções, medos, frustrações, terrores, sejam reais ou fantasias.
E, por fim, deixo mais uma frase sobre a arte de escrever:
“Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as idéias.”
( Pablo Neruda )