A DITADURA ANTI-TABAGISTA
A DITADURA ANTI-TABAGISTA
Jorge Linhaça
Meus caros leitores;
Existem momentos em que a ditadura vai se instaurando de forma tão disssimulada e serena que parece até que se está buscando beneficiar grande parte da população.
Não vou aqui fazer apologia ao tabagismo e estimular esse vício, no entanto há que se avaliar os casuísmos que levam determinados governos, como o paulista, por exemplo, a criar leis restritivas aos direitos das pessoas.
Fazer uma campanha contra o cigarro, o charuto, o cachimbo ou seja lá o que for, pode até ser uma questão de saúde pública, por certo que muitas doenças tem sua origem no hábito de fumar- ao menos é o que os estudos científicos tem constatado ao longo dos anos- no entanto, criminalizar o hábito de fumar, proibir que se acenda um cigarro em bares, restaurantes e , pasmem os senhores, até em condomínios, é um atentado ao direito de cada cidadão.
A medida, embora defendida e alardeada , embasada em números e estatísticas, não passa de mais um hipocrisia da classe política. Senão vejamos:
- A indústria do fumo movimenta milhões de reais em impostos em todo território nacional, envolve o agro negócio, gera empregos direto e indiretos. Nada disso é desculpa, obviamente, para a disseminação do vício e suas consequências, não se trata de defender o tabagismo , assim como não se pode defender o alcoolismo.
O que é realmente estranho é que queiram se punir as "vítimas" ao mesmo tempo em que os agressores , como geradores de recursos, saem ilesos da polêmica levantada.
Não existe nenhuma punição para quem fabrica os cigarros, fumo e charutos, as punições e sanções recaem apenas sobre os comerciantes que permitirem que seus clientes fumem em seus estabelecimentos e claro, sobre o fumante que cada vez mais vai se sentindo como um pária social restrito a escuridão dos guetos. A marginalização dos fumantes acontece, guardando-se as devidas proporções, sob o olhar conivente de outros grupos sociais, tal qual acontecia na Alemanha Nazista em relação às minorias.
O que está em jogo não é se o fumo é nocivo ou não, o que está em jogo é um direito adquirido e , por que não dizer, tolerado por centenas de anos governo após governo.
A maior questão que se apresenta e que parece passar despercebida à grande maioria das pessoas é exatamente a d hipocrisia governamental.
Fico aqui imaginando o porquê de , se existe realmente um interesse em se combater o tabagismo, e não apenas o desejo de aplicar multas que por certo em parte vão acabar revertendo para a campanha eleitoral de alguém, não se toma uma medida real e eficaz, ao invés dessa maquiagem ridícula que acaba por personificar a todos com uma máscara de palhaço.
Seria muito mais produtivo e coerente com essa pseudo preocupação com a saúde pública, proibir a fabricação e o comércio de quaisquer derivados da industria tabagista. AH! Mas aí o preço político seria extremamente alto, duvido que o senhor José Serra ou qualquer outro político, queira contabilizar na sua campanha eleitoral a perda dos impostos recolhidos pelo mal que fingem combater.
Assim como em relação ao tráfico de drogas, é mis fácil punir o usuário final ou os distribuidores do que atingir os mega-traficantes e sua rede de influências que, como todos sabemos, conta com representantes da policia, do ministério público e de muitos políticos.
A diferença está apenas na legalidade da coisa. Nada impede que os candidatos a qualquer cargo eletivo recebam contribuições polpudas e declaráveis, da indústria do cigarro.
Também nada impede-os de receberem doações de empreiteiras ( que depois acabam relizando as obras contratadas pelos governos).
Assusta-me o rumo que as coisas estão tomando com as eternas desculpas de proteger a população no geral dos malefícios causados pelos vícios de uma parcela dos habitantes de nossas cidades.
Medidas inócuas e "pra inglês ver" existem aos montes. Um bom exemplo disso é a tal "lei seca" que, como tantas outras leis casuístas carece de reais condições de ser posta em prática.
Não seria mais prático proibir a fabricação e comercialização de bebidas alcóolicas no país? Voltamos agora às mesmas motivações acima expostas.
Vivemos em uma sociedade tão hipócrita que preserva os direitos de produzir substâncias nocivas, ao mesmo tempo que procura punir os que delas fazem uso.
Que direito a mais tem quem produz cigarros, que parece intocável pelo poder público, do que os fumantes de plantão? Será que estamos caminhando para a criação de um sistema de castas, onde os fumantes, por exemplo, passam a ser os dalits de nossa sociedade?
Parece exagero? Pois não é!
Assim como os dalits, os fumantes estão cada vez mais segregados, impedidos de frequentar determinados lugares a menos que se abstenham de fazer uso do cigarro durante sua permanência lá.
Estamos vivenciando um apartheide social, uma tentativa esdrúxula de polarizar a sociedade entre fumantes e não fumantes.
Quando uma socidade passa a cercar direitos de seus cidadãos, ao mesmo tempo em que é conivente com a proliferação dos produtos "malditos" é sinal de que nos tornamos capazes apenas de combater sintomas e não as causas dos problemas.
Aliás, o tempo e os recursos que se gastam nesse sentido já teriam resolvido de há muito tempo, probelmas mais sérios como a miséria, a fome e a falta de rendimento escolar. Resta portanto saber se interessa para a classe política resolver os problemas ou se é mais interessante para eles perpetuar o estado atual das coisas para terem o que prometer durante as campanhas eleitorais.
É mais fácil podar alguns galhos secos de uma árvore do que cavar em volta dela e tratar da doença da raiz.
No nosso caso específico, os fumantes e comerciantes são os galhos, e a raiz do problema é a indústria do fumo e também parte da indústria farmacêutica que obviamente lucra com todos os problemas de saúde derivados do consumo do tabaco.
Enfim, nada é tão simples quanto parece, existem mil interesses por trás dessas nebulosas "leis" , por certo na próxima campanha eleitoral não faltarão os que , caso a lei "pegue" declarem em cadeia nacional os "esforços" feitos em prol da saúde.
Quem tiver ouvidos ouça, quem tiver cabeça pense.
A DITADURA ANTI-TABAGISTA
Jorge Linhaça
Meus caros leitores;
Existem momentos em que a ditadura vai se instaurando de forma tão disssimulada e serena que parece até que se está buscando beneficiar grande parte da população.
Não vou aqui fazer apologia ao tabagismo e estimular esse vício, no entanto há que se avaliar os casuísmos que levam determinados governos, como o paulista, por exemplo, a criar leis restritivas aos direitos das pessoas.
Fazer uma campanha contra o cigarro, o charuto, o cachimbo ou seja lá o que for, pode até ser uma questão de saúde pública, por certo que muitas doenças tem sua origem no hábito de fumar- ao menos é o que os estudos científicos tem constatado ao longo dos anos- no entanto, criminalizar o hábito de fumar, proibir que se acenda um cigarro em bares, restaurantes e , pasmem os senhores, até em condomínios, é um atentado ao direito de cada cidadão.
A medida, embora defendida e alardeada , embasada em números e estatísticas, não passa de mais um hipocrisia da classe política. Senão vejamos:
- A indústria do fumo movimenta milhões de reais em impostos em todo território nacional, envolve o agro negócio, gera empregos direto e indiretos. Nada disso é desculpa, obviamente, para a disseminação do vício e suas consequências, não se trata de defender o tabagismo , assim como não se pode defender o alcoolismo.
O que é realmente estranho é que queiram se punir as "vítimas" ao mesmo tempo em que os agressores , como geradores de recursos, saem ilesos da polêmica levantada.
Não existe nenhuma punição para quem fabrica os cigarros, fumo e charutos, as punições e sanções recaem apenas sobre os comerciantes que permitirem que seus clientes fumem em seus estabelecimentos e claro, sobre o fumante que cada vez mais vai se sentindo como um pária social restrito a escuridão dos guetos. A marginalização dos fumantes acontece, guardando-se as devidas proporções, sob o olhar conivente de outros grupos sociais, tal qual acontecia na Alemanha Nazista em relação às minorias.
O que está em jogo não é se o fumo é nocivo ou não, o que está em jogo é um direito adquirido e , por que não dizer, tolerado por centenas de anos governo após governo.
A maior questão que se apresenta e que parece passar despercebida à grande maioria das pessoas é exatamente a d hipocrisia governamental.
Fico aqui imaginando o porquê de , se existe realmente um interesse em se combater o tabagismo, e não apenas o desejo de aplicar multas que por certo em parte vão acabar revertendo para a campanha eleitoral de alguém, não se toma uma medida real e eficaz, ao invés dessa maquiagem ridícula que acaba por personificar a todos com uma máscara de palhaço.
Seria muito mais produtivo e coerente com essa pseudo preocupação com a saúde pública, proibir a fabricação e o comércio de quaisquer derivados da industria tabagista. AH! Mas aí o preço político seria extremamente alto, duvido que o senhor José Serra ou qualquer outro político, queira contabilizar na sua campanha eleitoral a perda dos impostos recolhidos pelo mal que fingem combater.
Assim como em relação ao tráfico de drogas, é mis fácil punir o usuário final ou os distribuidores do que atingir os mega-traficantes e sua rede de influências que, como todos sabemos, conta com representantes da policia, do ministério público e de muitos políticos.
A diferença está apenas na legalidade da coisa. Nada impede que os candidatos a qualquer cargo eletivo recebam contribuições polpudas e declaráveis, da indústria do cigarro.
Também nada impede-os de receberem doações de empreiteiras ( que depois acabam relizando as obras contratadas pelos governos).
Assusta-me o rumo que as coisas estão tomando com as eternas desculpas de proteger a população no geral dos malefícios causados pelos vícios de uma parcela dos habitantes de nossas cidades.
Medidas inócuas e "pra inglês ver" existem aos montes. Um bom exemplo disso é a tal "lei seca" que, como tantas outras leis casuístas carece de reais condições de ser posta em prática.
Não seria mais prático proibir a fabricação e comercialização de bebidas alcóolicas no país? Voltamos agora às mesmas motivações acima expostas.
Vivemos em uma sociedade tão hipócrita que preserva os direitos de produzir substâncias nocivas, ao mesmo tempo que procura punir os que delas fazem uso.
Que direito a mais tem quem produz cigarros, que parece intocável pelo poder público, do que os fumantes de plantão? Será que estamos caminhando para a criação de um sistema de castas, onde os fumantes, por exemplo, passam a ser os dalits de nossa sociedade?
Parece exagero? Pois não é!
Assim como os dalits, os fumantes estão cada vez mais segregados, impedidos de frequentar determinados lugares a menos que se abstenham de fazer uso do cigarro durante sua permanência lá.
Estamos vivenciando um apartheide social, uma tentativa esdrúxula de polarizar a sociedade entre fumantes e não fumantes.
Quando uma socidade passa a cercar direitos de seus cidadãos, ao mesmo tempo em que é conivente com a proliferação dos produtos "malditos" é sinal de que nos tornamos capazes apenas de combater sintomas e não as causas dos problemas.
Aliás, o tempo e os recursos que se gastam nesse sentido já teriam resolvido de há muito tempo, probelmas mais sérios como a miséria, a fome e a falta de rendimento escolar. Resta portanto saber se interessa para a classe política resolver os problemas ou se é mais interessante para eles perpetuar o estado atual das coisas para terem o que prometer durante as campanhas eleitorais.
É mais fácil podar alguns galhos secos de uma árvore do que cavar em volta dela e tratar da doença da raiz.
No nosso caso específico, os fumantes e comerciantes são os galhos, e a raiz do problema é a indústria do fumo e também parte da indústria farmacêutica que obviamente lucra com todos os problemas de saúde derivados do consumo do tabaco.
Enfim, nada é tão simples quanto parece, existem mil interesses por trás dessas nebulosas "leis" , por certo na próxima campanha eleitoral não faltarão os que , caso a lei "pegue" declarem em cadeia nacional os "esforços" feitos em prol da saúde.
Quem tiver ouvidos ouça, quem tiver cabeça pense.