23 - COMO UMA ONDA...
23 - COMO UMA ONDA...
As cenas passam rapidamente na nossa frente como se estivéssemos na janela de um trem da Vitória a Minas.
A paisagem muda veloz.
Agora você vê... Agora você não vê, como nos truques de magia do Seu Nôno da Praia.
Às vezes nossa percepção é engolida pelo hábito de olhar sem ver.
Se a gente não ficar atento e resistindo às mudanças, assim como a própria vida, a paisagem se desmancha no ar ou no poderio das máquinas (cada vez maiores). E haja Paciência, a Vila. Desmontar e mudar montanhas de lugar também é progresso. Não dá para ficar pensando de forma poética e estagnada, como que anestesiados.
Tirando a montanha, surge o monte,
Tirando o monte, a colina,
Tirando a colina, a neblina que no horizonte a Serra cobria.
Menino olhe as montanhas de Minas, enquanto há tempo!
Preste atenção garoto! O que agora você não viu, hoje, amanhã será tarde! A vida é assim mesmo, longe de ser um conformismo barato... A questão é a rapidez dos fatos e acontecimentos...
Pessoas vêm e partem de nossas vidas.
Ontem éramos jovens hoje avós. O que construímos será nosso legado e com certeza não estou me referindo às coisas materiais, mas sim, do ponto de vista do “ser melhor que o ter”.
Se você não viver... o que vai sobrar amanhã é só saudade.