Em Defesa do Meio Ambiente
Chico Mendes ficaria estarrecido vendo o homem de hoje, com toda a informação da mídia, ainda maltratando a natureza, revelando uma falta de conscientização ecológica. Durante a minha infância e adolescência, morando na área rural, “sem rádio e sem notícia das terras civilizadas”, como costumo plagiar Luiz Gonzaga, vi o matuto mais zeloso do que o homem civilizado, no que diz respeito à limpeza dos rios. Tínhamos um cachorro de muita estimação, pelo qual sentimos profundamente ao vê-lo ser incinerado numa fogueira, por ter morrido de causa desconhecida. Foi este o procedimento do meu pai, um homem de pouca leitura, mas consciente de que não devia jogá-lo no rio, como muitos faziam com os animais mortos, sob a alegação de que a correnteza os levaria de água abaixo, não afetando a eles próprios. É de um índio a frase: “homem branco que se diz civilizado suja a sua água de beber”. Pois bem, venho da roça, lá do meu sertão do São Francisco, o conhecido “Velho Chico”, ao que nunca emporcalhei e vejo aqui na capital um riacho que serve de mote político todo ano de eleição, cada um dizendo que vai despoluir. Jogam tudo quanto é lixo nele, ao ponto de afetar a balneabilidade de uma das mais belas e tradicionais praias da nossa cidade. Morando eu em Maceió, facilmente se deduz que se trata do riacho Salgadinho e da praia da Avenida”, outrora a mais frequentada pelos nativos e turistas de todo o Brasil.