Os bestas graduados e como a imprensa aumentou o público dos estádios
Não deu nem tempo de comemorar. Com nota máxima me tornei jornalista. Com nota quase máxima meu diploma passou há não ser exigido. Foi o que decidiu o Supremo Tribunal Federal por 8 votos a 1.
Sobre essa temática irei contar a seguinte história:
Como a imprensa aumentou o público dos estádios
Certa vez um juiz de direito (na verdade ele era de esquerda, mas fazer o que com as nomenclaturas?) estava lendo um jornal na varanda de sua casa. Era domingo, portanto tinha o que a maioria dos empresários da comunicação acha que sei leitor não tem: tempo.
Na seção cidade ele não gostou do conteúdo. A linguagem estava muita abaixo de sua erudição. E como não gosta nivelar por baixo sua comunicação passou para a editoria policial.
Gostar até que gostou das histórias policiais. Mas como o assunto é comum em sua atividade, falar verdade já estava cansado de ler Boletins de Ocorrências, resolveu sair desta página.
Passou então para a editoria de cultura. Leu e releu todos os textos destinados a esta seção, sabia que o linguajar era familiar, mas não conseguia entender, foi quando percebeu que quem escrevera era filosofo com pós-graduação em sociologia. Fazia tempo que ele não lia um texto desse pessoal.
A única página que leu e gostou da linguagem, embora já estivesse de saco cheio dos fatos relatados, foi a da política. Afinal, a maioria dos representantes públicos são advogados, e como eles falam bem (o problema é o conteúdo da fala).
Desgostoso, decidiu absorver um conteúdo mais informativo e atrativo para o seu domingo. Foi ouvir a transmissão radiofônica do jogo Perebas do Rio contra os Pernas de Pau do Sul. Percebeu que o nível era o mesmo, e resolveu assistir o clássico no estádio. E só então se satisfez.
Em tempo. O jornal que o distinto juiz leu só tinha um jornalista por formação. Era o diretor. Que não teve tempo de analisar as informações, pois precisava vender peixe em uma barraca. Adivinhem o que ele usa como embrulho?