Um tempo cinza, de políticas e idéias obscuras - o caso de Ahmadinejad, reeleito Presidente do Irã...
Um tempo cinza, de políticas e idéias obscuras - o caso de Ahmadinejad, reeleito Presidente do Irã...
O genocida Presidente do Sudão, Omar al Bashir, foi condenado pelo Tribunal Penal Internacional, tendo resultado disto a expedição de sua prisão em qualquer dos territórios dos países signatários do acordo que o estabeleceu, entre eles, o Brasil e, a Venezuela.
Hugo Chavez - a essa altura, o ditador que governa o país vizinho, convidou o monstro para visitar seu país. O Brasil, preferiu uma ajuda mais silenciosa e eficiente - somou seu voto ao da China, para impedir que fosse emitida uma monção de repúdio do ONU contra o genocídio promovido pelo governo em território sudanês. A troco de quê? de um voto para um assento definitivo do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.
Num encontro de cúpula entre países árabes e latino-americanos realizado recentemente, Lula esquivou-se de sentar ao lado de al Bashir, num almoço entre autoridades. Mas, o cumprimentou, tocando a mão banhada de sangue inocente do crápula.
(No Google, se multiplicam as imagens e do hediondo massacre de Darfur – impossível que alguém não se comova com as imagens que atestam o que foram capazes de fazer os milicianos contra as mulheres durante as operações de limpeza étnica, no Sudão).
Como se explica uma coisa com a outra - isto é, um voto em troca do silêncio em torno da morte de centenas de milhares de inocentes. A resposta é, somente essa na minha opinião: Não se explica racionalmente - essa gente ligada à construção do outro mundo possível e suas espantosas estratégias!
Claro, perguntar não ofende: se aquele facínora entrasse em território brasileiro, o governo do país o prenderia e, entregaria às autoridades internacionais? Pensem...
Pois bem: não satisfeito, sei lá por que motivo ou afinidade, o governo brasileiro convidou um filoterrorista e genocida em potencial para visitar nosso país. Trata-se de Mahamud Ahmadinejad, chefe do governo do Irã, país que, historicamente, é conhecido pelo financiamento de grupos terroristas iguais ao Fattah e Hizbollah, entre outras atitudes covardes e beligerantes.
(Sim, claro, esse tipo foi eleito pelo voto, como foi Chavez, o que não significa - como no caso do outro, qualquer sinal de índole democrática, no sentido clássico e consagrado que adotamos, onde, por democracia se compreende um sistema em que os poderes estatais divididos - justamente para aplacar o poder e fúria do Leviatã, os representantes do povo são eleitos pelo voto direto e, secreto, existe Constituição escrita, não existem tribunais de exceção e, a Lei é respeitada, são reconhecidos os direitos fundamentais do homem e contratos e, por fim, a imprensa é livre.)
É do tipo que faz discurso em rede nacional e congressos internacionais negando o holocausto judeu sob o nazismo e, desenvolve uma política regional de cunho agressivo, cujo objetivo é, simplesmente, eliminar do oriente próximo a entidade sionista, o que deve ser entendido como a destruição do Estado de Israel (israelitas dentro, se possível), entrementes apresentar posições do mesmo naipe em relação às mulheres, profissão de religião não-islâmica, minorais nacionais, sexuais e, por aí vai...
Foi exatamente o que fez em recente sessão da ONU, quando foi convidado para fazer a abertura de uma sessão cujo objetivo era tratar de... discriminação racial! Todas as delegações de países sérios e civilizados, abandonaram a sessão de abertura, dando-lhe as costas, uma após a outra, passando-lhe um carão. Ele, entretanto, não se deu por achado, pois estava presente uma animada claque composta de jovens.
Dias antes das eleições, revelou a uma alta autoridade do Conselho de Guardiães do Irã (o grupo de autoridades religiosas que, de fato, dita as regras no país) que, segundo membros de sua equipe, ele se encontrava cercado de uma aureola, durante o tempo em que discursava no parlatório do ONU, e que, ele pode notar que durante os vinte e tantos minutos em que discursou, ninguém da platéia sequer piscou. Quanto à aureola, acho que diz bastante sobre a sanidade da figura. Quanto ao comportamento dos membros da ONU, o que dizer? O discurso era mesmo de assustar.
Trata-se de mais um desses meliantes da política internacional, que não se peja de pregar soluções radicais, estúpidas e, criminosas, típicas dos genocidas para problemas históricos e, complexos.
O governo brasileiro, em vez de tomar uma posição adequada, prefere paparicar esse tipo asqueroso. Tanto que o convidou a visitar o país. Todavia, para desgosto da chancelaria e, do governo brasileiro, o Presidente do Irã, deu uma banana para a visita ao nosso país – para alegria dos democratas de plantão. Se tivesse vindo, porém, teria sido recebido com pompa e circunstância pelo Presidente da República do Brasil.
Qual será o objetivo da política externa do governo de um país que é tido por democrata e socialmente inclusivo, de receber tão contestada e desprezível autoridade? Qual o saldo a médio e curto prazo de tal visita para o país, senão a desconfiança, o descrédito?
(A conta começou a chegar. Entidades internacionais, com muita razão e dados nas mãos, acusam o Brasil de votar sistematicamente em favor dos interesses de governos ditatoriais e despóticos, espalhados pelo Planeta, na ONU. É muito pouco. Mas, é o começo.)
O que o governo tem demonstrado desde que Lula assumiu a Presidência da República é, uma inegável simpatia por regimes de força, sejam de esquerda -Cuba, China e, Venezuela, por exemplo, sejam de natureza teocêntrica , caso do Irã, ou, de doidivanas genocidas, como é o caso caso do Sudão.
Ahmadinejad acaba de se reeleger ao cargo de Presidente do Irã. Isso, como já afirmei, não significa grande coisa. Quem manda e, dita as leis e os costumes são os aiatolás. Sua reeleição veio cercada da suspeita de manipulação dos votos – algo bastante provável num país, onde o governo não passa de uma ditadura disfarçada.
Não se dando por achado nem desconfiando de nada, Lula diz que, vai visitar o Irã, para hipotecar-lhe seu apoio.