40 - AO ACASO...

40 – AO ACASO...

Crônica Renomeada

Entre nascer e chegar. Nasci.

Se não no lugar que escolhi,

À beira do rio, que ainda limpo,

Que roubando a terra e invadindo espaços,

Indefinia os limites de vivos e mortos.

Meu umbigo foi enterrado lá

Onde o vento e as águas do rio fazem a curva,

Em época de vazante.

Local denominado Cachoeirinha.

Não era vida que ia, era chegada.

Aços especiais de Itabira forjaram meu berço natal.

Vivi ali entre cangas e estribos, selas e esporas.

Querendo tomar pé e ir.

Não sei pra onde...

Circunstancialmente não defini minha sorte!

Mudanças aconteciam por imperiosas.

Não deixei a vida me carregar, ao acaso.

Como um rio passando em minha vida,

Corrigi, tomei rumo fui em frente, enfrentei.

Só sei que aqui cheguei, não por acaso.

A vida é pra ser vivida com mais filosofia que arte.

Se bem que o pensar me deixa triste.

Taciturno, abestado,

O fazer. Me deixa realizado.

Cortar, serrar, pregar, principalmente interagir.

Dá mais sentido à vida,

Afasta o miolo mole.

Aliás, nada ao acaso,

Tudo determinação de Deus.

CLAUDIONOR PINHEIRO
Enviado por CLAUDIONOR PINHEIRO em 16/06/2009
Reeditado em 11/05/2010
Código do texto: T1652562