40 - AO ACASO...
40 – AO ACASO...
Crônica Renomeada
Entre nascer e chegar. Nasci.
Se não no lugar que escolhi,
À beira do rio, que ainda limpo,
Que roubando a terra e invadindo espaços,
Indefinia os limites de vivos e mortos.
Meu umbigo foi enterrado lá
Onde o vento e as águas do rio fazem a curva,
Em época de vazante.
Local denominado Cachoeirinha.
Não era vida que ia, era chegada.
Aços especiais de Itabira forjaram meu berço natal.
Vivi ali entre cangas e estribos, selas e esporas.
Querendo tomar pé e ir.
Não sei pra onde...
Circunstancialmente não defini minha sorte!
Mudanças aconteciam por imperiosas.
Não deixei a vida me carregar, ao acaso.
Como um rio passando em minha vida,
Corrigi, tomei rumo fui em frente, enfrentei.
Só sei que aqui cheguei, não por acaso.
A vida é pra ser vivida com mais filosofia que arte.
Se bem que o pensar me deixa triste.
Taciturno, abestado,
O fazer. Me deixa realizado.
Cortar, serrar, pregar, principalmente interagir.
Dá mais sentido à vida,
Afasta o miolo mole.
Aliás, nada ao acaso,
Tudo determinação de Deus.