Quando a gente ama...

O amor é um poderoso alucinógeno. Como disse um amigo, “apaixonar-se não é algo inteligente”.

Mas quem não quer este delicioso delírio? Ou será que não é uma questão de querer, mas simplesmente de não resistir?

Quando a gente ama vira um “sem noção”, perde o sentido de tempo, espaço, prioridades, valores. Os amigos são os primeiros a sentirem a nossa falta. Depois a família que reclama. Em seguida, o trabalho cai a produtividade. E aí o vício já tomou conta.

Namorar vicia, sim. Um psiquiatra já disse em entrevista que o organismo faz de tudo para repetir o caminho do prazer. Funciona assim também com as drogas. Que droga! Por que tem que ser assim?! Perdemos completamente o controle...

Quando a gente ama, pensa que esse amor nunca vai acabar, promete coisas impossíveis, faz juramentos incumpríveis. Mentira? Não. As juras de amor são verdadeiras. Porém, apenas no momento em que são pronunciadas. Com o tempo, tudo muda e não há nada mais volúvel que o sentimento.

É por isso que não é suficiente dizer “eu te amo” apenas uma vez na vida. Mesmo que a pessoa já saiba, já tenha ouvido, se o sentimento perdura, repita, reforce, confirme. Se o amor é verdadeiro, será prazeroso repetir.

(S.J.Rio Preto, 12/06/2009)

Hélio Fuchigami
Enviado por Hélio Fuchigami em 16/06/2009
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