Cortando o cordão umbilical
Nem sempre percebemos como somos agarrados às convenções sociais. O fato de estar infeliz em uma união não é motivo suficente para o fim desta. O fato de não querer mais estar junto, também não é. O que seria então? Estar junto apenas para dar satisfação à família, aos amigos é deprimente. Rezar para que chegue a segunda-feira só para poder ficar trancafiado na empresa por pelo menos 8 horas, sem a aporrinhação torna-se um agradável convite. Quando se tem a coragem de cortar o cordão, de ir de encontro a vida, a sensação é única! Alta velocidade, vento no rosto, asas da liberdade? Que nada!
Apenas a gostosa sensação de não ser obrigado a voltar pra casa, de voltar apenas por que se quer, a delícia de abrir uma porta e ser recebido por um silêncio maravilhoso... Isso dá uma paz! Estar junto é muito gostoso, desde que, essa companhia seja uma opção e não uma convençaõ. Quando qualquer um que esteja nesse estado de letargia consegue libertar-se, a mudança que se nota é incomensurável: Olhos brilhantes, pele sedosa, passos firmes, cabeça erguida. Mesmo que essa ruptura cause sérios transtornos, afinal, é uma escolha, e toda vez que escolhemos algo, optamos por abrir mão de várias outras, é mais fácil conviver com esses transtornos, pois temos a possibilidade de nos abrirmos para o mundo e realizarmos coisas novas... Quem sabe até uma nova união, que nos traga mais prazer e muito mais alegrias.