O "quinquagésimo" Corrigindo os meus textos

Nunca fui muito bom para escrever, na verdade nunca gostei de escrever (tenho um colega que diz: “quando não sabemos fazer, não conhecemos algo ou não temos dinheiro para comprar, sempre dizemos que não gostamos”, é a sua tese, interessante por sinal), acredito que a não dedicação para a escrita apenas colaborou para não criar um hábito, e posso dizer que durante os meus estudos boas professoras de português não faltaram no incentivo.

O estranho de tudo isso, é que fui sempre um assíduo leitor, no meu quarto encontra-se uma prateleira com livros, apostilas, textos, matérias de jornais de todos os gêneros, e apesar desse gosto, os meus textos na maioria das vezes não ficavam coerentes, sem início, meio e fim, na escola invariavelmente as minhas redações não passavam de um seis no máximo um sete (chorado), o que desestimulava a pegar novamente em um lápis para escrevinhar.

Mesmo terminado os estudos o costume da leitura continuava, durante o percurso entre a casa e o trabalho e vice-versa, pegava o livro (estes não faltavam dentro da mochila) e nele viajava (é isso mesmo que os escritores querem que viajemos em suas palavras), independente do lugar algo em minhas mãos coçava para procurar alguma coisa para ler, folhetos, anúncios, jornais do bairro, não importava o conteúdo.

Foi então que um dia por acaso resolvi escrever alguma coisa que tinha presenciado ou vivido no meu cotidiano, apenas para passar as horas, e depois de pronto, li e reli e percebi que havia melhorado muito (como podem ver “esse muito” resume o quanto era horrível para escrever) naquele momento aproveitando a ocasião comecei a treinar acompanhado do dicionário e da gramática.

E sem pressa fui procurando temas que poderiam servir como base para uma boa história, transcrevendo para o papel nas horas vagas, em cada novo texto uma melhora, uma evolução do último, e dessa maneira foi acumulando os meus rascunhos, de vez em quando os pegava para reler e acrescentando ou tirando algumas palavras ia moldando-os até no ponto que acreditava estarem “bons”.

Guardados ficaram por um bom tempo, poucos foram os “privilegiados” (que sacrilégio, heim? Hahaha) que leram os meus textos, e ali permaneceram (quem seria o louco de reuni-los e publicá-los num livro de poemas, poesias e crônicas?), inquietos, angustiados, ansiosos esperando ser compartilhados com outras pessoas.

Num belo dia, ou melhor, numa dessas madrugas da vida “fuçando” a net descobri um site de escritores anônimos, chamado “RECANTO das LETRAS”, onde escritores comuns, iguais a mim (sacanagem, já estou me nomeando um escritor, é cada uma que me aparece) apresentava a oportunidade de publicar as suas obras de diversos gêneros, tendo a expectativa de dividir os seus textos.

Procurei saber como fazer isso, e aos poucos fui postando um a um, esperando os comentários (o que é muito legal, pois possibilita você melhorar por meio de críticas positivas ou construtivas), hoje com este pequeno texto “depoimento” completo o QUINQUAGÉSIMO, pode parecer pouco para muitos, para mim é muito para poucos.

Agora a partir deste, começo uma revisão de todos, que unem palavras que citam alguma coisa, que exprimem sentimentos, que contam causos, rever os acentos gráficos, as concordâncias, a ortografia, a estrutura dos parágrafos, tudo que seja necessário para um bom entendimento daqueles que eu os considero companheiros, aqueles que leem e deixam os seus comentários, aqueles que muitas vezes se identificam com algum texto meu.

Não sei quanto tempo irá demorar, pode ser um mês ou até mais, no entanto após a revisão darei o “start” para uma nova “Odisséia” rumo ao CENTÉSIMO e com todo o fôlego de uma criança, que a sorte e DEUS me acompanhe nessa jornada, até lá meus colegas escritores anônimos espalhados pelo Brasil.

Regor Illesac
Enviado por Regor Illesac em 15/06/2009
Código do texto: T1649351
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