SUAVIDADE ...
O prazer de escrever é para mim despertar nas pessoas reações inesperadas, novas, diferentes.
Escrevi um texto poético de nome " Outra vez... " e como comentário recebi este de Miriam Dutra, " Gosto dessa suavidade capaz de nascer de escritos dos homens. "
E foi após a leitura dele que fui surpreendido por pensamentos inesperados!
É incrivel como comentários amáveis, desprentenciosos, podem funcionar como gatilhos, para uma implosão do que trazemos dentro de nós...
No meu caso, meu pensamento foi até o inicio de tudo, onde atravês das letras fui procurar inserir-me no mundo dos homens... Não só numa esfera sexista, mascúla, mas na esfera de comunidade, com participação e tudo mais...Método discutível, ainda mais se lembrarmos, que quando comecei a escrever, e ainda hoje, em certos circulos, poesia não é um bom modo de afirmação de masculinidade, mas certamente de auto afirmação.
Assim " dos homens " mostrou-se num sentido polivalente, que mereceu de minha parte um descortinar de meus próprios preconceitos... Assumir tê-los pareceu-me um bom começo para discuti-los!
Mas é também verdade que fui procurar abrigo no seio da comunidade de poetas, primeiramente nos primeiros anos, em reuniões em bibliotecas, e agora nos sites, chats, grupos de poesias na net. Tendo inclusive, criado modestamente o meu.
Assim, fica clara, a necessidade de encontros com pessoas afinadas com o nosso jeito de ser e pensar.
E com o decorrer dos anos, amadurecimento e experiência, pude ser o mais fiél comigo mesmo e estar em vários lugares e situações, que só o engajamento poético pode proporcionar...
Assim, faço parte do mundo deste tipo de homens, o de letras!
Isso é praticamente fatiar a humanidade em pedaços e tomar a parte que interessa, e os outros?
Neste ponto, " dos homens " equivale a " humanidade "?
Outro ponto que me chamou a atenção no comentário de minha leitora, foi que o produto de uma atividade puramente mental, escrever, atributo que pensa-se pertencer a todos os homens, veio a colocar luz numa qualidade que ele não sabe que tem; suavidade!
Isto é; pensando que o que se escreve é um reflexo do que temos dentro de nós!
Assim é uma qualidade que vive dormente dentro da alma " dos homens "?
Da " humanidade "?
E se esta suavidade pôde transparecer atravês de escritos, pode e deve transparecer atravêz de toda e qualquer atividade exercida " pelos homens ".
Num terceiro momento de reflexão, sobre o comentário de minha leitora, fixo o olhar sobre o começo de sua frase: " Gosto dessa suavidade... ", parece-me que ser suave é um estagio novo a que " os homens " não estão adaptados? Ao qual as mulheres não estão acostumadas!
Assim, nestes tempos que correm, há a necessidade de novos homens?
E o termométro dessa necessidade esta nas mãos das mulheres, com as quais nos relacionamos de tantas formas diferentes e complementares?
Por fim, fica em meu pensamento a necessidade urgente de um diálogo entre homens e mulheres, sobre os quais esta baseado todo o futuro " dos homens ", da " humanidade ", para que novos laços se façam e se fortaleçam, para que mesmo caracteristicas e potencialidades que estejam dormentes não causem estranhezas...
A totalidade do ser humano ainda esta longe de ser conhecida, a potencialidade da humanidade ainda esta muito aquém de ser usufruida!
Um caminho para um melhor entrosamento entre as partes é o conhecimento, que em certo sentido é diferente de ter educação...
Mas mesmo aqui, conhecimento e educação, dos homens e da humanidade, são elementos, partes do todo!
E eu que sempre quiz fazer parte do mundo dos homens, sinto-me feliz de ver em mim um atributo que esta dormente neles...
E fica-me claro, por mais que queiramos estar ajustados a realidade que nos cerca, ainda assim, seremos únicos...
Mas que dentre tantas diversidades haja a paz!
Edvaldo Rosa
14/06/2009
WWW.SACPAIXAO.NET
O prazer de escrever é para mim despertar nas pessoas reações inesperadas, novas, diferentes.
Escrevi um texto poético de nome " Outra vez... " e como comentário recebi este de Miriam Dutra, " Gosto dessa suavidade capaz de nascer de escritos dos homens. "
E foi após a leitura dele que fui surpreendido por pensamentos inesperados!
É incrivel como comentários amáveis, desprentenciosos, podem funcionar como gatilhos, para uma implosão do que trazemos dentro de nós...
No meu caso, meu pensamento foi até o inicio de tudo, onde atravês das letras fui procurar inserir-me no mundo dos homens... Não só numa esfera sexista, mascúla, mas na esfera de comunidade, com participação e tudo mais...Método discutível, ainda mais se lembrarmos, que quando comecei a escrever, e ainda hoje, em certos circulos, poesia não é um bom modo de afirmação de masculinidade, mas certamente de auto afirmação.
Assim " dos homens " mostrou-se num sentido polivalente, que mereceu de minha parte um descortinar de meus próprios preconceitos... Assumir tê-los pareceu-me um bom começo para discuti-los!
Mas é também verdade que fui procurar abrigo no seio da comunidade de poetas, primeiramente nos primeiros anos, em reuniões em bibliotecas, e agora nos sites, chats, grupos de poesias na net. Tendo inclusive, criado modestamente o meu.
Assim, fica clara, a necessidade de encontros com pessoas afinadas com o nosso jeito de ser e pensar.
E com o decorrer dos anos, amadurecimento e experiência, pude ser o mais fiél comigo mesmo e estar em vários lugares e situações, que só o engajamento poético pode proporcionar...
Assim, faço parte do mundo deste tipo de homens, o de letras!
Isso é praticamente fatiar a humanidade em pedaços e tomar a parte que interessa, e os outros?
Neste ponto, " dos homens " equivale a " humanidade "?
Outro ponto que me chamou a atenção no comentário de minha leitora, foi que o produto de uma atividade puramente mental, escrever, atributo que pensa-se pertencer a todos os homens, veio a colocar luz numa qualidade que ele não sabe que tem; suavidade!
Isto é; pensando que o que se escreve é um reflexo do que temos dentro de nós!
Assim é uma qualidade que vive dormente dentro da alma " dos homens "?
Da " humanidade "?
E se esta suavidade pôde transparecer atravês de escritos, pode e deve transparecer atravêz de toda e qualquer atividade exercida " pelos homens ".
Num terceiro momento de reflexão, sobre o comentário de minha leitora, fixo o olhar sobre o começo de sua frase: " Gosto dessa suavidade... ", parece-me que ser suave é um estagio novo a que " os homens " não estão adaptados? Ao qual as mulheres não estão acostumadas!
Assim, nestes tempos que correm, há a necessidade de novos homens?
E o termométro dessa necessidade esta nas mãos das mulheres, com as quais nos relacionamos de tantas formas diferentes e complementares?
Por fim, fica em meu pensamento a necessidade urgente de um diálogo entre homens e mulheres, sobre os quais esta baseado todo o futuro " dos homens ", da " humanidade ", para que novos laços se façam e se fortaleçam, para que mesmo caracteristicas e potencialidades que estejam dormentes não causem estranhezas...
A totalidade do ser humano ainda esta longe de ser conhecida, a potencialidade da humanidade ainda esta muito aquém de ser usufruida!
Um caminho para um melhor entrosamento entre as partes é o conhecimento, que em certo sentido é diferente de ter educação...
Mas mesmo aqui, conhecimento e educação, dos homens e da humanidade, são elementos, partes do todo!
E eu que sempre quiz fazer parte do mundo dos homens, sinto-me feliz de ver em mim um atributo que esta dormente neles...
E fica-me claro, por mais que queiramos estar ajustados a realidade que nos cerca, ainda assim, seremos únicos...
Mas que dentre tantas diversidades haja a paz!
Edvaldo Rosa
14/06/2009
WWW.SACPAIXAO.NET