Tem gente que diz...

De vez em quando alguém me diz: você parece feliz! É... respondo, procuro ser. Depois, no meu canto, fico matutando. O que é mesmo ser feliz? Taí uma pergunta com inúmeras respostas e cada um de nós tem as suas.

Penso que a felicidade não vem com o nascimento, não é constante, nem eterna. Aos poucos é que vamos descobrindo a emoção que certas situações nos causam. Algo que mexe com a gente, provocando sensação de alegria, prazer, bem-estar, satisfação, contentamento. São momentos, portanto fugazes. Alguns singelos como o riso de uma criança, o canto de um pássaro ou o perfume de uma flor. Outros mais emocionantes que nos envolvem como num abraço. E tocam o coração, mesmo que seja com a rapidez de um raio. Mas deixam ali gravada para sempre a sua recordação.

Não sou pessimista. Não vivo choramingando e reclamando da vida. Não deu certo? Procuro consertar. Não sei cantar? Pra alegrar, me ponho a dançar. Difícil atingir a meta? Busco outros caminhos para lá chegar.

Não sou dada a depressões nem me deixo abater com facilidade. Procuro ter olhos para o que de bom a vida me oferece, contribuindo assim para a multiplicação dos momentos felizes. Só eles é que conseguem contrabalançar com aqueles difíceis, inevitáveis, causadores de grande sofrimento. Mamãe e papai não estão mais aqui? Lembro deles em seus momentos de alegria e folia.

Gosto muito de rir. E rio até de mim mesma, das minhas próprias bobeiras...