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O Funeral de Vovó Lurdes
Que horror!...Exclamarão muitos dos que tiverem oportunidade de ter em suas mãos, esta pequena crônica. Embora fiquem com a curiosidade aguçada, não gostam de ler e nem de saber nada que fale sobre tão lúgubre assunto!
Baseados e alicerçados nas tradições ocidentais , eivadas de sentimentos de posse e do pior de todos:... “que é o de perda”, nascemos e convivemos com o medo da morte.Esta palavra nos apavora e nos dá a sensação de termino; de tudo acabado. Alguns até passam o tempo todo tão preocupados com ela, que se esquecem de curtir o que realmente tem valor: a vida.
Por termos nascidos: todos agradecem! Quando partimos: os que tiveram nossa companhia,também deveriam agradecer por nós,e não apenas lamentar nossa perda. Isso é difícil de entender, porque somos seres imperfeitos, materialistas, egoistas e nesta questão especifica:céticos ! Sabemos, que em nossa tênue existência, haverão muitos fatos trágicos e inexplicáveis à nosso entendimento.Quando morre um filho, por exemplo, é quase impossível aceitar a precocidade da tragédia . Como entender a sua inesperada partida (sem volta para alguns)? Como? Ainda mais que foge à lógica existencial. Porém, quando uma pessoa, que já cumpriu sua missão, vai para um plano diferente do nosso, ficamos a lamentar a nossa desdita, e não a sua partida. Explico melhor: Nós preferimos conservá-la ao nosso lado material sofrendo, sobrevivendo através de algum aparelho,do que deixá-la partir. Alguns dirão que é fácil falar quando não nos atinge, mas eu já fui atingido tantas vezes,que acredito ter embasamento para tal. Fiz todo este preâmbulo para poder me reportar sobre um dos mais belos funerais que tive o privilégio de assistir com estes olhos que Deus me deu : O funeral de “Dona Lurdes Alcântara” Uma mulher vencedora! Uma mulher realizada! Esposa, mãe, avó e amiga de todos aqueles que ao cruzarem seu caminho, foram agraciados com muito amor.
Vovó Lurdes,como eu e minha espôsa a chamávamos, foi uma daquelas criaturas colocadas aqui na terra, por Deus, para servir de exemplo à todos nós, que tivemos o privilégio de conhecê-la e usufruir de sua companhia. Ao assistir seu velório, (notem acima o contraditório) emocionado pelo que vi e vivi, pude e posso afirmar: “a morte não existe, é somente uma passagem”.
Ali estava seu corpo, numa esquife, de madeira tradicional, e ali estavam todos(ou quase)aqueles que a conheceram,assistindo um resumo de sua vida, com a narração e interpretação própria de sua grandeza enquanto mulher. A mim ,pareceu-me, que sua alma falava com a platéia dizendo: Não chorem a minha falta . Fui ser feliz novamente ao lado de meu amado Ary. Cumpri com a minha missão aqui na terra :...
"Eu me contei uma história, gostei...e adormeci!"
Este fato é veridico. Junto ao corpo, foi um poema meu ,que fiz em sua homenagem . Tive de lê-lo à todos os presentes. Logo após, uma das filhas ligou a TV , com DVD acoplado, no qual ela (Vó Lurdes ) estava falando sobre sua experiência de vida. O caixão de um lado e no outro, ela, viva, rindo e contando sobre si. É incrível, mas verdadeiro!
O Funeral de Vovó Lurdes
Que horror!...Exclamarão muitos dos que tiverem oportunidade de ter em suas mãos, esta pequena crônica. Embora fiquem com a curiosidade aguçada, não gostam de ler e nem de saber nada que fale sobre tão lúgubre assunto!
Baseados e alicerçados nas tradições ocidentais , eivadas de sentimentos de posse e do pior de todos:... “que é o de perda”, nascemos e convivemos com o medo da morte.Esta palavra nos apavora e nos dá a sensação de termino; de tudo acabado. Alguns até passam o tempo todo tão preocupados com ela, que se esquecem de curtir o que realmente tem valor: a vida.
Por termos nascidos: todos agradecem! Quando partimos: os que tiveram nossa companhia,também deveriam agradecer por nós,e não apenas lamentar nossa perda. Isso é difícil de entender, porque somos seres imperfeitos, materialistas, egoistas e nesta questão especifica:céticos ! Sabemos, que em nossa tênue existência, haverão muitos fatos trágicos e inexplicáveis à nosso entendimento.Quando morre um filho, por exemplo, é quase impossível aceitar a precocidade da tragédia . Como entender a sua inesperada partida (sem volta para alguns)? Como? Ainda mais que foge à lógica existencial. Porém, quando uma pessoa, que já cumpriu sua missão, vai para um plano diferente do nosso, ficamos a lamentar a nossa desdita, e não a sua partida. Explico melhor: Nós preferimos conservá-la ao nosso lado material sofrendo, sobrevivendo através de algum aparelho,do que deixá-la partir. Alguns dirão que é fácil falar quando não nos atinge, mas eu já fui atingido tantas vezes,que acredito ter embasamento para tal. Fiz todo este preâmbulo para poder me reportar sobre um dos mais belos funerais que tive o privilégio de assistir com estes olhos que Deus me deu : O funeral de “Dona Lurdes Alcântara” Uma mulher vencedora! Uma mulher realizada! Esposa, mãe, avó e amiga de todos aqueles que ao cruzarem seu caminho, foram agraciados com muito amor.
Vovó Lurdes,como eu e minha espôsa a chamávamos, foi uma daquelas criaturas colocadas aqui na terra, por Deus, para servir de exemplo à todos nós, que tivemos o privilégio de conhecê-la e usufruir de sua companhia. Ao assistir seu velório, (notem acima o contraditório) emocionado pelo que vi e vivi, pude e posso afirmar: “a morte não existe, é somente uma passagem”.
Ali estava seu corpo, numa esquife, de madeira tradicional, e ali estavam todos(ou quase)aqueles que a conheceram,assistindo um resumo de sua vida, com a narração e interpretação própria de sua grandeza enquanto mulher. A mim ,pareceu-me, que sua alma falava com a platéia dizendo: Não chorem a minha falta . Fui ser feliz novamente ao lado de meu amado Ary. Cumpri com a minha missão aqui na terra :...
"Eu me contei uma história, gostei...e adormeci!"
Este fato é veridico. Junto ao corpo, foi um poema meu ,que fiz em sua homenagem . Tive de lê-lo à todos os presentes. Logo após, uma das filhas ligou a TV , com DVD acoplado, no qual ela (Vó Lurdes ) estava falando sobre sua experiência de vida. O caixão de um lado e no outro, ela, viva, rindo e contando sobre si. É incrível, mas verdadeiro!