A lógica discute, explica e consolida

A Lógica não somente é a base do raciocínio, mas também é a trilha que direciona qualquer conjetura, identifica discrepâncias e, principalmente, conduz o pesquisador por caminhos que levem a resultados sólidos e seguros, criando oportunidades de se quebrar paradigmas, crendices, analogias imprecisas, valores distorcidos etc., até chegando-se a descobertas inacreditáveis, de difícil contestação, ou mesmo incontestáveis.

Vejamos o que acontece com as crenças religiosas e suas “teorias” quanto à vida e à morte – algumas acreditam que o homem, ao morrer, sua “alma” ou se dirige para um local paradisíaco, ou primeiro passa por um local de purgações, ou então cai para uma condição irreversível de sofrimentos infernais, tudo isso pela eternidade sem fim; outras dizem que a alma encaminha-se para um local determinado, onde fica o tempo que for necessário, no aguardo do “Juízo Final”, quando então descerá à Terra para buscar o próprio corpo e se dirigir para o recebimento do prêmio ou do castigo meritório; outras então aceitam a teoria das transmutações das almas para outras paragens, que não o nosso planeta; também há aquelas que crêem não existir mais nada após a morte, por ser ela a determinação do fim de tudo; finalmente temos o exemplo da crença em que a morte determina o fim dos sofrimentos e das responsabilidades, por isso a expressão: “descanse em paz”.

Vamos, pois, nos esquecer dos dogmas religiosos e partamos para o raciocínio lógico – a hipótese em que o ser humano pode subir ao Céu, ou cair no Inferno, pela eternidade sem fim, após apenas passar por um curto período de vida, nos fornece uma demonstração de incongruência divina, o que, pela Lógica, é impossível, ainda mais que nem todos têm a mesma oportunidade de nascer bem ou de viver muitos anos. Da mesma forma, o ato de se vir buscar o corpo físico, em cadáver decomposto, para se levar não sei aonde, não tem a mínima lógica, é algo muito infantil, mesmo que religiosamente. Também quanto à transmutação das almas, pode-se perguntar: _Por que a continuidade da vida teria que se concretizar somente alhures, fora do Planeta? Agora, quando admitimos que a morte é o fim de tudo, então como se explica essa vivência tão efêmera e por quê? E quanto à incoerência de se acreditar que a morte representa o “descanso”, então pra que viver se cansando?

Agora vamos falar a respeito da continuidade da vida após a morte física, como fazendo parte das crenças espiritualistas, que mostram a excelência da eternidade do espírito, que tem o dom de efetuar muitas passagens desde o mundo espiritual para este planeta, através de inúmeras “reencarnações”, assim possibilitando crescimento e aprendizado constantes, portanto também tendo chances de purgações de pecados praticados por milênios, e ainda com a lógica de termos sempre tempo de repararmos os estragos que tenhamos feito por aqui, com a reversão de nossas atitudes e com o “pagamento” dos nossos débitos espirituais.

Aqui está a chave da lógica incontestável – as várias vidas físicas neste planeta fazem parte da permissão divina, concedida a cada corpo espiritual (individualidade), de se unir muitas vezes a novos corpos carnais (personalidade), ao longo dos tempos, sempre visando a participação na construção de um mundo sem conflitos, doenças e miséria, onde a vida terrena possa ser aproveitada em sua plenitude, transformando os homens em seres divinos, fabricantes de felicidade plena para todos. Para isso o mundo está passando por processos de ajustes e depurações, juntamente com aqueles que deverão passar gloriosamente pelo “Juízo Final”, julgamento esse decisivo, que já está sendo efetuado sem um mínimo de erro, porque tem origem no crivo do Criador – quanto aos “perdedores”, o destino só poderá ser inglório, infelizmente.

Não precisamos temer coisa alguma, basta que sigamos a lógica do caminho da espiritualidade, a despeito de muitos discordarem e não acreditarem. _O que fazer? Cada um sabe de si.