Falar mal de Deus
Não sei mais se falar bem de Deus da tanto ibope, publicidade e manchetes de primeira capa, quanto deveria. É notório sim que produzir algo, qualquer coisa que denigre, falseia, provoca dúvidas e maltrata, corroendo a imagem que temos intrínseca do Todo-poderoso, é motivo de grande falação, prestígio e propaganda. Como vai o mundo assim!? Não é tolerável falar mal de nossa mãe, talvez até do pai, mas de Deus, tudo é permitido. E batemos palmas, incentivamos, consumimos livros e filmes que a única coisa que querem é nosso dinheiro, nosso custoso tempo e fazer acreditarmos que Deus não existe. Parece lindo isso!
Todos agora perdem seu precioso tempo e param para pensar: “será que Jesus teve filhos, a Igreja é uma invenção grotesca do mal mascarado de santidade e a Opus Dei é uma mistura de CIA com a aposentada KGB da ex-URSS?” Parece um absurdo exagero, mas é muito pior do que isso. A fé se abala com tanta propaganda maldosa, nossa mente começa a não mais assimilar o que é verdade ou ficção e terminamos por desacreditar em Deus, criando um caricatura talvez e ainda muito bonita para ser colocada numa moldura, deixando de lado tudo que Ele é e o que foi transmitido pela Igreja nesses XX séculos de cristianismo.
Que dor ver a dúvida desgastar tantos corações inocentes. Só o tempo que se desperdiça dando vazam a tanta ilusão e fantasia, já é motivo para que virássemos às costas a aquilo que não nos faz crescer, tanto a nível humano quanto, e principalmente, espiritual. Por que não busquemos nas palavras do bem-aventurado Mons. Escrivà, fundador da Opus Dei, o que sua instituição significa para o cristianismo? Alguém já ouviu falar do seu livro “caminhos”, que foi traduzido em um sem-números de línguas e vendido muito mais do que esse tal Código que passeia por aí? E a Bíblia! A bíblia escrita há tanto tempo, é jogada no lixo por causa de um livro escrito não tem nem dois anos.
Parece exagero, repito. Pode até ser! Mas estão falando por todos os cantos do meu Pai, meu Deus, meu Irmão que morreu por mim, por nós, por todos, até pelo tal Dan alguma coisa. “A teologia do amor constitui o fundamento para uma ética da caridade”, afirma Boehner e Etienne Gilson em sua “História da Filosofia Cristã”. É por causa desse amor ético e pelo exercício da caridade, que não devemos comungar de uma idéia, qualquer pensamento, seja ele qual for, que coloque em dúvida tudo que existe sobre Deus, Jesus, Maria’s e a Igreja.
Há pouco minha irmãzinha de doze anos, pergunta para mim: “Hugo, você sabe que Jesus teve filhos e que ele casou com Maria Madalena?”. Respiro profundamente, uma agonia abate meu coração, um sentimento de culpa assola meu ser, e tento com o pouco dialética que conheço, contrapor-me a essa “idéia” inventada por um outro alguém que se colocou no lugar da história, utilizando-se da retórica sofistica para nos distanciarmos da Verdade.