O MAIS VALENTE DOS HOMENS CHORA

O homem pode tudo ou quase tudo nesse mundo moderno onde a tecnologia está cada vez mais avançada, a ciência faz grandiosas descobertas e é possível a comunicação em tempo real.

Assim, o homem desbrava floresta, cruza o céu, ergue pontes, constrói viadutos e brinca com a natureza, com a vida das pessoas como se fosse Deus. Haja vista, que a clonagem de pessoas humanas, uma questão bastante polêmica a respeito da legalidade de sua prática, nos faz crer que o ser humano é dono de si, tem poder e pode dominar o mundo.

Porém, nem tudo está em suas mãos. Este homem valente, poderoso, destemido que compra quase tudo com o dinheiro, que desbrava, que constrói e destrói, chora “quando a mulher que ele ama vai embora”. Palavras do grande Benito di Paula.

Paixão é um sentimento quase patológico, pois quem dele é acometido perde sua identidade, seu raciocínio e sofre, enquanto o amor é um sentimento sereno, harmonioso, que traz paz e felicidade.

Paixão é algo que chega e acontece que não se sabe de onde veio e que não pede licença para instalar-se em nosso coração. Quando este sentimento não é correspondido “a montanha se desmancha e o mais valente dos homens chora como criança”.

A paixão é querer a qualquer preço, desejar sem limites, que foge da administração dos sentimentos do homem, fazendo – o entender que ele não é “senhor de si” e não pode tudo.

Mas para que o homem não morra de paixão um SER que harmoniza a natureza deu a este sentimento um tempo pouco duradouro. A paixão é um encanto passageiro que chega a durar mais ou menos quatro meses.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 10/06/2009
Reeditado em 03/05/2020
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