Série "The G Point Chronicles" - Crônica n°4: Paying the Bills - E na hora de pagar a conta?
(A crônica a seguir encerra a série "The G Point Chronicles". Em breve, acompanhem a série "Ego em Prosa, com diversos artigos e temas!).
Paying the Bills - E na hora de pagar a conta?
Alôô-u pessoas !!!
Demorei, mas voltei! Sabem como é, vários trânsitos planetários causando revoluções na minha vida, diversas mudanças, acabei esperando a vibe certa para fazer o post de hoje.
E, para os heteros leitores do meu blog, eis aqui um tópico bem interessante. Sim senhoras e senhoras, na hora de pagar a conta, no caso de um casal homossexual? Exemplificando: se uma garota sai com sua namorada para jantar, comer fora, um programa basic a 2, quem paga a conta? E no caso de dois rapazes almoçando na Avenida Paulista em um belo sábado? Temos aqui um algo que dá um bom caldo para hoje. Para os meus amigos do “babado”, podem opinar no final, enviando suas considerações.
Minha humilde e modesta opinião: a sociedade estipulou, no caso de um casal hetero, que o homem deve ser o provedor, deve pagar a conta do restaurante para sua futura companheira, e assim vivemos. Até o século retrasado, se não me falha a memória histórica. Com a ingressão da mulher no mercado de trabalho, a emancipação do feminino, esse tabu, em alguns casos, pode ser quebrado. Algumas fazem questão que o homem, como um gesto de romantismo, cavalheirismo, pague a conta, outras preferem assumir esse papel e passar o cartão de crédito, ou débito, ou cheque, enfim. Outros casos, ainda, é de comum acordo dividir a conta, cada um pagar metade e tudo certo, a noite prossegue como planejado, a dois, lindo e romântico.
Transportando para a situação anterior, se duas garotas saem para jantar, quem paga a conta? Por incrível que pareça, ocorre o mesmo! Algumas fazem questão de agradar, como um gesto romântico, carinhoso, convidando (vamos deixar claro que, quando se convida, é porque quem o fez irá pagar, é contra a etiqueta você convidar alguém para jantar, e deixar que o outro pague a conta, se não, não é convite, é apenas chamar pra sair) sua companheira para um almoço, ou um jantar a duas; algumas, irão adorar e achar lindo o convite, uma demonstração de amor, outras farão questão de dividir a conta e a terceira possibilidade é dividir a conta e cada uma pagar a metade.
No caso dos dois rapazes, será diferente? Claro que não! Alguns farão questão de pagar, outros farão questão de dividir e outros farão questão de aceitar um gesto romântico como pagar um jantar, um cinema, etc. Uma vez que, o “cavalheirismo” de outrora, no caso de alguns raros tipos masculinos, prevalece. No caso das nossas amigas, esse “cavalheirismo” torna-se um agrado, uma gentileza, um gesto romântico da mesma forma que para qualquer casal. Porém, vamos deixar claro que, para os heteros que estão de fora, isso pode não ser óbvio ou ser tão óbvio que parece ridículo o que escrevo, mas assim como um casal hetero pode “disputar” o caderno preto com a nota do que foi gasto, um casal homo também!
No final das contas, vamos traduzir para o português claro do século XXI que, gestos românticos como pagar a conta são bem-vindos, mas nem sempre. Às vezes um dos lados prefere dividir as despesas, para não ficar muito pesado para ambos, e a intenção foi boa de um convidar, o romantismo ainda é o mesmo, o clima também, só não é demérito algum deixar que o outro participe das despesas, divida a conta. O que importa, na verdade, é se o programa valeu a pena, se os dois estão felizes, e, acima de tudo, o mais importante na realidade é estar junto, compartilhar momentos bons, a dois. E aí, deixo a imaginação de cada um voar: jantar romântico, luz de velas, a dois… Entrem no clima, curtam, divirtam-se, amem-se. Afinal de contas, o amor existe pra isso, para ser vivido, demonstrado, e não faz mal a ninguém uma dose de romantismo.
O valor financeiro não é o principal, não estamos em um tabuleiro do Banco Imobiliário, onde ganha quem comprar e ter mais posses. É como eu disse: curtam o momento, a dois, o amor, o romantismo, arrumem-se para sair com seus companheiros/as e deixem o clima rolar! Quem paga a conta? Vai de cada um!
Beijo, outro, me liga! Até a próxima…