TODOS OS MOVIMENTOS PRAZEROSOS DESTA VIDA SÃO EM DIREÇÃO À MORTE ("A pena de morte põe fim a pena da vida." — Carlos EDUARDO Balcarse)
Com meus sessenta e três anos de idade, perambulando nesta vida besta, bem vividos ou mal vividos, descobri que Deus derruba o homem para dar-lhe o prazer do levantar-se; e, a outros dar-lhes a oportunidade de ajudar-nos para se vangloriarem de filhos de Deus e irmãos nossos. E ainda, tenho que ser agradecido a eles, vendo alguém apenas fazer suas obrigações: bando de inútil - "Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que for ordenado, devem dizer: 'Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever' "(Lc 17:10). E além do mais, temos que, também, aceitar esta incompreensível, ou melhor, subestimadora experiência como preparação espiritual para a morte, e engolindo isto tudo, como um ato de amor e justiça, é não querer dignidade alguma!
Portanto, a hora que Deus determinou, é essa; exatamente a hora do fim da razão e da fé sem razão! A morte é o prazer supremo da vida, e todos os movimentos prazerosos desta vida são em direção da morte, quanto mais risco de morte, mais intenso é o prazer. O constante desgastar-me, que tanto me dá prazer, por também, dar prazer cinético para outrem. Finalmente me tornarei adubo para fertilizar a terra que vai parir com prazer a vida novamente.
Sem dúvida, a morte é essencial para a vida, depois, só a essência e a conversão da essência, trazendo a vida de volta para novamente morrer. Quem vive morre, quem morre vive! E o digno medo da morte é o eixo da roda viva. Somente um jato breve de vida, vencido pela morte, graduando o rápido desvanecer, produz o prazer acelerador do processo. Confirmo com as palavras de William Shakespeare: "Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe."