PSICOPATA ASSASSINA SERÁ PERDOADA.
Há algumas semanas o Superior Tribunal de Justiça do Brasil aceitou um pedido, por parte da defesa de uma réu, da redução penal que está sendo cumprida por ela há poucos anos: fato corriqueiro no meio judicial em quase todos os lugares do mundo, claro que cada tribunal com suas peculiaridades, um exemplo muito plausível seria a pena de morte em algumas federações Norte Americanas. No Brasil costuma-se usar um ditado muito disseminado: “a justiça tarda, mas não falha”... a voz do povo seria mesmo a voz de Deus?
A prisioneira em questão está sendo contemplada por uma manobra judicial que diminui o tempo de prisão em um dia a cada três trabalhados. Condenada a quase 40 anos de reclusão por dois crimes, a assassina poderá ver efetivadas as possibilidades de pagar sua pena em liberdade , isso porque já cumpriu, no total, 1/6 dela: é o tal do regime semi-aberto, ou seja, estará em casa, de volta as ruas e sabe-se lá mais o quê!
Algumas pessoas falam em psicose, sociopatia, distúrbios mentais ou simplesmente em periculosidade, mas o fato é que os crimes, cometidos por ela, fogem muito aos padrões de violência vividos por quase todos os brasileiros e, independente dos motivos que a tenham levado a cometê-los, pouco importando o seu diagnóstico, a liberdade, em todo o sentido da palavra, nunca mais deveria existir para ela.
Assassinos impiedosos, ladrões de carros inescrupulosos, assaltantes de bancos sagazes, macro sonegadores de impostos, sequestradores de crianças, estupradores maníacos, políticos corruptos, e uma gama de outros criminosos mais, estão passiveis de serem assistidos por essas “brechas” do nosso poder judiciário. Mas como avaliar cada caso sistematicamente? O que fazer para não cometer injustiças irremediáveis ou dar uma segunda chance aos chamados réus primários?
O Ministério Público deu parecer favorável ao recálculo da pena, o que significa que em poucos meses a demente estará outra vez em mais pleno “convívio social”. Isso só ocorrerá porque a justiça do Brasil não possui critérios funcionais - institucionalmente falando - que sejam capazes de manter isolada, terminantemente da sociedade, uma pessoa que provou estar muito além dos limites de um psicopata; que demonstrou, sem receio algum e perante a todos, a sua total frieza e ignorância em relação aos mais primitivos sentimentos de amor humanos: como perdoar uma filha que “matou à pauladas, enquanto dormiam”, os próprios pais?
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