JOGADA DE MARKETING

 
E assim seguíamos numa conversa, e noutra, às vezes sobre um lance feito por aquele jogador de futebol, noutra sobre algo que escrevera no dia anterior. Até que em certo momento, aparece aquela que bem perto deles, ela passara, chamando-lhes a atenção de todos, e daquele que sempre sonhou em beijá-la.

Mas que mesmo estando perto naquele instante nada poderia comentar. Não, por não confiar no amigo, mas naquele instante, de maneira alguma queria brincar com algo tão serio. Pois, Helena já se encontrava casada e, tinha um bem material, onde nem sequer percebera se algum por acaso ele gostava dela.

_O amigo está bem?
Perguntou-me, enquanto em dado momento, deixara escapar algo, como se bem me conhecesse:

_ Esse coração ainda teima...
Acelera, e quer aos poucos ver o meu padecer...
Ainda olha para aquela senhora, como quê
Sempre estivesse à mercê!

Com certeza o que ele dissera, poderia causar alguma complicação para aquela mulher, e que soubera através de outra pessoa que a mesma passava por muitas dificuldades, não por causa de algo que não pudesse certamente comprar em alguma loja ou mesmo num grande shopping.  

Mas sim, porque o esposo desta não lhe dava sequer alguma atenção. E  sendo assim exigia muito da mesma. Que fora um casamento arranjado pelos seus pais, quando seus pais estavam deveras endividados.

E, só conseguira aceitar uma proposta tão repugnante e indecorosa quanto a deste senhor, bem mais velho que a mesma. Este senhor que por um acaso do destino se tornou o seu primeiro senhor, fizera uma proposta irrecusável aos pais dela.

Ele Pagou todas, as dividas, comprou uma casa e, ainda concedeu, a seus pais alguns por fora. Uma jogada de marketing e tanto só porque este sabia que era o único que naquela cidade era o mais abastado e tinha todo o poder designado a um só homem.