Alô! Globalização?

Cá entre nós, você já atendeu ao telefone na sua própria casa e disse o nome da empresa que você trabalha? Espero que respondam sim! Semana passada me ocorreu algo inusitado... Ou não tão inusitado assim... Eu estava tensa e preocupada com umas das provas mais difíceis da faculdade: “O Espaço Geográfico Mundial”! Só o nome já assusta! O fato é que eu estava tão “bitolada” estudando para tal prova que quando atendi ao telefone no trabalho, ao invés de dizer “agrometeorologia”, o que já não é nada fácil de dizer, eu fiquei por alguns segundos em silêncio, sem saber o que dizer... Deu um ‘tiuti’ no cérebro... A única palavra que me vinha à cabeça era “globalização”. Eu atendi ao telefone com toda segurança do mundo pra dizer: “Globalização, bom dia!”. Depois de muito segurar o riso e resolver o problema da pessoa do outro lado da linha, fiquei imaginando como seria a minha reação se tivesse no lugar desta pessoa. Certamente diria: Alô! Globalização? Gostaria de saber se vocês fazem devolução de livros empoeirados? Ou talvez nem dissesse isso, afinal um ou outro objeto técnico faz muita diferença. O problema é que estamos tão rodeados deles que acabamos nos afastando do “real”... a internet faz isso: nos aproxima de pessoas distantes, e nos afasta das que estão próximas (finalmente encontrei uma resposta).

Esta semana, foi de muitas provas para mim. Minha irmã finalmente saiu um pouco da frente do objeto técnico mais usado em casa, ‘o computador’, e resolveu ir pra cozinha. E eu tive o prazer de provar sua lasanha... Descobri que ela tem outros talentos além da enfermagem, me senti o próprio Garfield. Também provei pra mim mesma que conseguia por limites de linhas em um texto sem deixar a desejar. Quanto à prova da faculdade... Preparei-me pra ela. Uma coisa que sempre procuro dizer a mim: “foi eu que escolhi”! Mas de todas as provas ou “provações” que passei por estes dias teve uma que reprovei com orgulho: eu não consigo viver sem ‘outras pessoas’... Eu ainda rio das minhas falhas pequenas... Eu ainda prefiro um abraço a um email... E eu ‘ainda’ tenho consciência das minhas escolhas. O triste disso tudo é que aquela menina do espelho ainda está lá olhando fundo em mim, me pedindo alguma coisa. Sinto muito menina, mas por enquanto estou ocupada com a globalização.