E você chegou!!!
E você chegou!!!
Mª Gomes de Almeida
Entre muitas afirmações que fazemos com convicção acerca da vida e dos seus mistérios estão aquelas que dizem que apesar de certa a morte sempre chega quando menos a esperamos. Que ela é vida, é passagem, é encontro, é separação, mesmo que temporária mais é.
São tantas certezas e muitas incertezas.
Dizemos que ela chega sem se anunciar, então como explicar os mitos daqueles que afirmam que as corujas (animais de hábitos noturnos) vez ou outra anunciam a morte de alguém? E aqueles que nisso crêem, a chama de “rasga mortalha” justificando que seu canto solitário e triste é o prenúncio da partida de um ente querido.
Tendemos a perceber e observar a vida com seus encantos com os sentidos do corpo, da razão, que são apenas cinco; visão, audição, tato, olfato e paladar. Mas tão logo a morte bate à nossa porta, momento único daquela família que a encontrou, entendemos que ela também é emoção. Entendemos que foi essa mesma morte que de uma forma ou de outra se fez anunciar.
Foram sonhos, sensações angustiantes, depressão (sem algo palpável e concreto que a justifique), o vazio, a saudade, que vem antecipando o momento da partida.
Embora saibamos que não podemos compreendê-la muito menos explicá-la, tendemos buscar uma, senão várias justificativas para a tão temida e certa visita. E ai, compreendemos mais uma vez que não temos que compreender, explicamos o quê não podemos explicar e concluímos o quê já estava consumado.
O Livro Sagrado é claro: “Você veio do pó e ao pó voltará!” É isso que afirma Aquele que criou a vida para a morte, ou será a morte para a vida?
Como temos dificuldade para compreender os divinos mistérios!