A princesa e o sapo

O novo desenho animado “A Princesa e o sapo” da Disney está com estréia prevista para dezembro nos cinemas dos Estados Unidos, mas a polêmica em torno da protagonista já começou.

Em 75 anos de existência, é a primeira vez que a Disney tem uma princesa negra. Sabe-se lá se é influência da primeira-dama americana Michelle Obama. Linda, inteligente, negra e uma das mulheres mais bem vestidas do planeta, Michelle pode muito bem ter inspirado a criação da princesa Tiana que se veste elegantemente e usa uma tiara de diamantes.

O fato de Tiana ser negra está gerando todos os tipos de comentários dentro e fora da comunidade de Afro descendentes dos Estados Unidos. Alguns acham que Tiana é o estereótipo dos negros e que se realmente fosse uma heroína não deveria passar a maior parte do filme como uma rã. Outros acreditam que é importante para as crianças negras ter uma heroína da mesma cor que elas. Afinal, as outras princesas como Branca de Neve, Cinderela e Bela Adormecida são alvas como a neve.

Li num blog, que um professor de antropologia da Universidade de Harvard, estudioso de casos sobre como as crianças aprendem sobre raças, afirma: “As pessoas pensam que as crianças não são capazes de entender as mensagens subliminares sobre raça e gênero nos filmes. Mas ocorre exatamente o contrário”.

Lembro-me de quanta influência filmes da Disney tiveram na minha infância, deixei de mentir algumas vezes, quando lembrava que meu nariz podia ficar igual ao do Pinoquio.

Fica aqui meus parabéns a Disney que ate que enfim, lembrou-se que nao sao so as branquinhas com cabelos negros como o ébano ou as loiras com olhos azuis da cor do céu que podem ser princesas.

Esta mais do que na hora da palavra e do sentimento: Preconceito se extinguir. Deveria ficar so no dicionário, para que um dia nos lembrássemos que aquilo existiu e que tivéssemos vergonha de termos sido esses humanos, criadores de falsos estigmas, de que existem pessoas superiores e inferiores.

No mundo existem pessoas especiais de todas as formas, cores, credos; basta com pré-conceitos.

Valentina Leemann
Enviado por Valentina Leemann em 07/06/2009
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