O 3-5-2
Uma equipe bem estruturada, compacta, para que assim seja, não deve atuar com três zagueiros. Como que para ser boleiro nunca deve-se praticar o ato de boné, relógio ou bermuda. Três homens brutos à frente da meta, três pessoas sem flexibilidade não dão sustentação motora a um time de futebol.
Aliado ao desastroso triangulo de zagueiros configura dois alas, sem função definida, que não são laterais e nem pontas. Atuam ocupando o mesmo espaço dos zagueiros pelas bases do campo, no mesmo espaço dos meias de armação, que volta e meia precisam se infiltrar pelos flancos para abrir espaço, e pelo mesmo espaço dos atacantes, que também devem fazer jogadas ao fundo. Tolice essa função dos alas.
O meio campo, setor vital, o coração de qualquer equipe, setor de Pelé, Zico e Zidani, agora descampado, aberto, com apenas três homens. Três seres que precisam conter e armar. Solitários. O elo da defesa ao ataque, o toque refinado de bola, que faz torcedores fanáticos sussurrar, perdeu-se em poeira, infelizmente.
O ataque, onde atuam dois passageiros, solitários, num náufrago, tristes.
E para piorar berram na beira do campo treinadores ignorantes com salários milionários, remando contra a maré, sem títulos e sem esperança. Iludem torcedores apaixonados, e deixam taciturnos as fracas direções futebolísticas.
Oh futebol de tantas glórias, Oh imortalidade porto-alegrense, Oh Grêmio de façanhas, não se deixe morrer e matar por homens.