Passando...
Outono galopa feito corcel selvagem, indiferente aos nossos passos
lentos ainda em direção à consciência coletiva. Em sua crina macia
debruçam-se haveres, sonhos, cristais.Seguem-lhe, com corpo doído,
as senhoras dos tempos, donas das horas. Em seus rostos de anciãs
resta a suavidade do eterno.
Afligimo-nos, pertencentes ao pluriverso somos.
Reversos atravessam-nos... Atrevemos-nos ?
A neblina como licor derrama-se entre nós e a lua.
Aquarela lenta desenha-se sobre o gramado e,dormimos, acordamos,
comemos, banhamo-nos de sóis fugazes com a mesma, ainda, ilusão
de que são eles que por nós passam; velozes, audazes, astros
portadores de silêncios e eloqüentes ocasos ...
virgínia f. além mar