COMO SALVAR O SISTEMA EDUCACIONAL PÚBLICO (O que você não quer mesmo é ser sacrificado sozinho!)

Em verdade, se tem afirmado que para a educação não tem remédio. A melhora do sistema educacional deve ser o desafio de toda a sociedade. Mas, essa batalha se torna difícil porque muitos alimentam o sutil desejo de que tudo continue assim como estar para garantir o emprego. Existem funções que poderiam ser extintas sem prejuízo algum ao sistema, mas contamos com um conflito interior no momento da decisão: Se contribuímos com uma ação transformadora, sacrificamos nosso cargo, então opinamos por dar continuidade, esperando o fracasso coletivo. Essa é uma dimensão muito mais sutil que tem demonstrado ser a queda de muitos. Porém, não lhe incomoda se for todo mundo junto para o buraco? Já sei, o que você não quer mesmo é ser sacrificado sozinho!

Fazer como deveria ser feito fere o próprio egoísmo. Mas, nessa luta, devemos procurar por nós mesmos deixar de praticar atos egoístas ou mesmo parar de condescender com pensamentos egoístas. E quando não conseguirmos atingir o que sabemos que deveria, que a consciência não nos deixe em paz.

Sua preocupação com o que os seus colegas pensam de você tem sido o sabor de sua vida profissional? Esta variação da luta contra o ego é tão sutil porque parece tão piedosa. Podemos até mesmo relatar nosso progresso nas reuniões pedagógicas e fazer disto o centro de infindável angústia particular. Mas isto apenas obscurecerá o fato de que o “eu” ainda é a motivação reinante em nossa vida.

O único remédio para a educação é aceitar inteiramente o risco de perder o bom cargo e fazer o que deve ser feito na intenção de melhorar o todo, enquanto alguns tiverem olhando só para seu “umbigo” melhora só para ele. O dom das regalias não é uma recompensa por minhas realizações, mas uma efusão de meu próprio caráter. Tenho lutado por aquilo que eu anelo mais profundamente: a restauração do sistema educacional. Em minhas críticas há sempre muitas sugestões, talvez privadas somente ao analfabeto funcional.

Tenho recebido como uma dádiva o que eu previamente ansiava obter, ser liberto do egoísmo. Deste modo, o egoísmo é destruído, ao enxergar a inabalável constatação, esta me diz que não mais preciso viver para mim mesmo, mas posso viver para aqueles que precisam de um lugar ao sol. Enquanto eu estiver zelando por meu cargo inútil, não faço o que tem de ser feito em prol da educação, então, assim, não prenuncio a melhora.