Sobre a mediunidade

Uma vez me perguntaram o que é a mediunidade. Eu a defino como um estado de sensibilidade profundo, que nos dá a acuidade de perceber a parte sutil da vida, que se manifesta ao redor de nós e foge dos nossos sentidos ordinários. Para mim é como o roçar da brisa no meu rosto, ou o brilho da luz que tange as folhas no entardecer.

É difícil situarmos um conceito dentro de parâmetros tão vastos como os que tangem a percepção da vida na sensibilidade da alma. Há pessoas que procuram minimizar tudo para fugir das dificuldades, mas estas pessoas acabam se tornando prisioneiras de seus conceitos mesquinhos e, perdem da vida aquilo que a vida tem de melhor, a cor.

A vida é tão vasta em suas manifestações, que temos pouco tempo para decifrá-las. Mas se mantemos as nossas mentes abertas e ligadas às suas expressões, aprendemos sempre coisas novas todos os dias. Eu acho maravilhoso o nascer do sol. Ele sempre nasce de forma diferente todos os dias e isso nos ensina que nada na vida é igual, mas tudo é simples.

A vida é extremamente simples, nós é que a dificultamos, buscando conceitos e entendimentos que são, na maioria das vezes desnecessários. Nascer e morrer são partes dos lados da vida que existem, mas que nada representam além das aparências que nos saltam aos olhos, pois quem nasce e morre é o corpo, eu continuo vivo eternamente.