"A última ceia", de Leonardo Da Vinci
A última ceia foi pintada por Leonardo da Vinci, o notável artista italiano, em1498.
O tempo que ele levou para completar a sua obra foram sete anos. As figuras que representavam os 12 apóstolos e Jesus Cristo foram criadas através de modelos vivos. E o modelo vivo que representaria a figura de Jesus, foi escolhido primeiro.
Quando foi decidido que Da Vinci faria essa grande obra, centenas e centenas de jovens foram vistos e examinados com cuidado, no esforço de encontrar uma face pura com a personalidade limpa, não afetada pelo pecado.
Finalmente depois de semanas nessa laboriosa busca, um jovem de 19 anos foi selecionado como o modelo que representaria Jesus.
Por seis meses Da Vinci trabalhou na produção desse caráter principal da famosa pintura e durante os próximos seis anos se dedicou ao que restava desse sublime trabalho de arte.
Pessoas apropriadas eram escolhidas uma a uma para representar os onze apóstolos, e um espaço foi deixado para a pintura que representaria Judas Iscariotis, como o toque final dessa obra. Esse é o Apostolo que traiu Jesus por trinta moedas.
Durante semanas Da Vinci procurou por um homem com a face endurecida, marcada pela avareza, cinismo, falsidade que poderia trair seu melhor amigo.
Depois de muitas experiências desanimadoras em procurar pelo tipo de pessoa ideal para representar Judas, disseram a Da Vinci que um homem cuja aparência se encaixava inteiramente nas exigências tinha sido encontrado.
Ele estava em uma cela subterrânea em Roma, sentenciado para morrer por uma vida de crimes e assassinatos. Da Vinci foi até Roma, e este homem foi trazido de sua prisão e conduzido á luz do sol. Lá Da Vinci viu que ele era um homem selvagem, de cabelo longo emaranhado e a expressão da maldade alastrada em sua face. Seu rosto mostrava um caráter, fraco, viciado em completa ruína.
Por fim, o pintor encontrara a pessoa que queria para representar o caráter de Judas em sua pintura. Com a permissão especial do rei, este prisioneiro foi levado a Milão onde a obra estava sendo executada.
Por seis meses o prisioneiro sentou-se diante de Da Vinci, durante horas, dia-a-dia, para que o artista continuasse a sua tarefa de transmitir na sua pintura, o caráter baixo no retrato que representava o traidor do messias.
Assim que ele terminou, voltou-se para os guardas e disse: “eu terminei, podem levar o prisioneiro”. De repente, o prisioneiro perdeu o seu controle, correu até Da Vinci, e disse: “Da Vinci, olhe para mim! Você não sabe quem sou eu?” Da Vinci, com os olhos treinados de um grande estudante, examinou cuidadosamente o homem cujo rosto tinha olhado incansavelmente por seis meses e respondeu: “Não, eu nunca o vi em minha vida até o momento em que você foi trazido a mim, de sua cela subterrânea em Roma”.
Então, levantando seus olhos para o céu, o prisioneiro disse: “Oh Deus! Tenho eu caído tanto?” E girando o rosto para o pintor, ele gritou: ”Leonardo Da Vinci, olhe para mim outra vez, eu sou o mesmo modelo que você pintou há sete anos atrás, como a figura de Cristo!”
Obs.: Esse texto foi me passado por uma outra pessoa, que infelizmente não tinha o nome do autor. Achei a história maravilhosa e resolvi postá-la no Recanto. Peço desculpas ao seu autor e a permissão para cadastrá-la nesse site. Obrigado.