COERÊNCIA DA VIDA ( O escritor se vale do narrador)
Na trama da vida, os fracos fogem, os covardes denunciam, os fortes resolvem, os injustos julgam e os escritores percebem. Há quem discorde, mas não é possível ser coerente desrespeitando essa gradação! É como na ficção, o narrador fraco se vale do espaço, o covarde das personagens, o forte do tempo, o injusto da ação e o escritor do narrador! Paralelo intencional.
Respirar fundo para acabar logo com o fedor, é a saída mais educada para os que estão com o nariz onde não deve. Só os incheridos e os antipáticos que se metem onde não são chamados.
Isso também é uma faceta da coerência vital. Dos erros para os acertos o caminho é curto, porém estreito, tão estreto, da finura que requer a contrapartida para a felicidade. Aqui cabem as palavras de Edgar Allan Poe: "Para se ser feliz até um certo ponto, é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto." Muitos visualizam, mas poucos conseguem migrar, não são perseverantes o suficiente para gozar a felicidade. Aliás, ninguém está errado para si mesmo, não achando necessidade de ir ao encontro do paraíso. Mas, se eu não for, alguém vai. As pessoas sempre vão querer ser eu quando estou feliz.
Explique se puder - Silogismo padrão:
"'(...) Ninguém é insubstituível (...)
(...) Zaca é insubstituível (...)'
Logo, Zaca é ninguém?!!
Eu concordo com os que dizem que o 'cemitério está cheio de insubstituíveis'. Se as pessoas fossem de fato insubstituíveis, a fila não andava eficientemente. Mas, no estado de morto, ninguém quer o lugar do defunto, e os que vão para o além morrem antes mesmo de chegar lá, também não podem voltar, visto que não poderão prosseguir: o estado de inércia total e permanente! É certo que ninguém sabe nada da coerência da vida após a morte. Porém o aqui é coerente e rigoroso!
Só sei que a vida não erra as consequências. Isso também é coerente!