O Voo Sinistro da Air France
Jornais do mundo inteiro anunciam em manchetes a tragédia na rota aérea Brasil/França ocorrida com o voo 447 da Air France. Por ser a principal rota para a Europa, passageiros de diversos países europeus estavam a bordo da aeronave, além de muitos dos nossos irmãos brasileiros, enlutando a todos nós.
Sendo ainda o meio de transporte mais seguro, o desastre aéreo causa grande repercussão, mesmo estatisticamente comprovado um número muito pequeno em relação aos milhões de passageiros em todo o mundo. Indagações sobre as mais diversas hipóteses do que pode ter ocasionado o sinistro surgem de toda parte. Envolvendo os componentes homem, máquina e natureza, não deixa de haver um nível de probabilidade de ocorrer o acidente. Diante da fatalidade, eis que muitos depoimentos apontam os riscos da rota, onda há muitas tempestades, provocando as conhecidas turbulências.
A tragédia lembrou-me que já fiz essa mesma rota, juntamente com meu sogro, um nordestino e autêntico sertanejo, com seu linguajar regional, que, assustado com as fortes turbulências, disse: “Não sabia que avião também dava ‘catabios’, parece que a estrada está mesmo esburacada”. Era mais ou menos a mesma hora que ocorreu a tragédia com esse voo e por certo deveria ser na mesma área, já que a rota era a mesma e também pela Air France.
Considerando o maior índice de acidentes automobilístico, essa tragédia não deve ser motivo para temermos o mais moderno meio de transporte inventado pelo homem, atribuindo apenas como uma fatalidade. Apenas devemos estar conscientes de que viver é correr risco. Muitos já morreram de acidente aéreo sem jamais terem andado de avião.