DERRAPAGEM NA RETA DO SUPERMERCADO
O dia começou frio do lado de fora de casa, com uma temperatura em torno de 16 graus, porém dentro do ambiente familiar o calor fez subir a mesma a uns 45 graus na sombra. Coisas do dia a dia, reinvidicações antigas, cobranças mútuas. Rusgas de um casal à beira de um ataque de nervos. Nada de novo nesse caso.
Como de costume, todo sábado, primeiro o café na padaria, leitura de alguns artigos da revista Veja e um passeio sabatinal nos corredores do supermercado. Uma mudança de última hora me privou da padaria, porém não do café.
Muita coisa estranha já me aconteceu nesse local de cores, odores e sabores mil. Antes de começar o exercício de escolher entre o desifetante X ou Y , uma parada inesperada de 10 minutos para o café, suficientes para reavaliar um monte de coisas e deleitar-me com o prazer que esse momento me trouxe. Fim do café e vamos às compras.
Passo pelas escadas rolantes ainda com o gosto do café e pensando nas escolhas que viriam a seguir, light ou diet, barato ou melhor, integral ou desnatado. Passo rapidamente pela lotérica, compro uma garrafa d'água e direciono o carrinho de compras para o fundo da loja. Começo sempre pelos produtos de limpeza e de higine pessoal. A comida dos gatos também pode ser encontrada lá. No meio do corredor dos desinfetantes está um casal de aproximadamente 40 anos.......de casados. Discutiam algo sobre como ela esquecera de ver se o desinfetante havia acabado ou não. Uma discussão que levada na ponta do lápis, saíria bem mais em conta se simplesmente fosse comprado um frasco do objeto em questão e ponto final. O consumo de energia envolvido na discussão foi maior que o valor do produto.
Chego ao corredor dos shampoos e todo tipo de apetrecho capilar. Minha passagem foi relativamente rápida nesse retão do supermercado, mas quase no fim, antes da curva do desodorantes, uma derrapagem brusca, que se não fosse por eu estar segurando firmemente o carrinho, com certeza hoje eu estaria num hospital com no minímo uma perna fraturada. Após o susto, busco o que me levou aquele quase desastre ortopédico. A aparência era estranha, como um mingau mais denso. A cor bege não dava uma indicação mais apurada, mas com certeza era algo que deveria estar na cabeça de alguém e não no chão do supermercado. O problema era que "aquilo" havia se espalhado por uma área enorme e não era mais possível saber até onde ia a influência escorregadia daquele produto.
Deixei meu carrinho num canto e comecei a marcar a área com todo tipo de produto (a foto acima foi tirada no local do crime). Um círculo formado por vários tipos e marcas de produtos para os cabelos, parecia uma cópia bem tosca de Stonehenge, aquele monumento na Inglaterra que ninguém sabe quando foi feito, e nem para quê.
Terminada a demarcação, corro até um funcionário e aviso-lhe do problema e digo-lhe que fossem rápidos, pois alguém ia acabar por machucar-se seriamente.
Volto ao local e fico observando as pessoas que passam pelo local escorregadio. Felizmente a escultura com os potes e frascos ainda continuava lá. Alguns simplesmente desviavam, outros olhavam e não entendiam nada. Uma menina de uns 10 anos disse a mãe que aquilo parecia vômito de cachorro. Uma senhora ficou olhando, olhando......se abaixou balançou a cabeça e pegou um dos potes!!!! Ela simplesmente não reparou na lambança que aquele creme havia feito no chão. Menos mal que esperei um pouco mais. Uma senhora de uns 50 anos, passa pelo local, olha a arquitetura daquele potes, dá uma risada e diz ao marido:
"Ihhh bem....olha só........uma macumba de supermercado!!!!".
Pensei comigo, quem sabe pudera ser mesmo, uma macumba........para fazer cair o cabelo da vizinha que se deita com o marido da macumbeira!!!!
Espero que ninguém tenha se machucado e muito menos ter ficado careca por influência de algum Orixá.
O dia começou frio do lado de fora de casa, com uma temperatura em torno de 16 graus, porém dentro do ambiente familiar o calor fez subir a mesma a uns 45 graus na sombra. Coisas do dia a dia, reinvidicações antigas, cobranças mútuas. Rusgas de um casal à beira de um ataque de nervos. Nada de novo nesse caso.
Como de costume, todo sábado, primeiro o café na padaria, leitura de alguns artigos da revista Veja e um passeio sabatinal nos corredores do supermercado. Uma mudança de última hora me privou da padaria, porém não do café.
Muita coisa estranha já me aconteceu nesse local de cores, odores e sabores mil. Antes de começar o exercício de escolher entre o desifetante X ou Y , uma parada inesperada de 10 minutos para o café, suficientes para reavaliar um monte de coisas e deleitar-me com o prazer que esse momento me trouxe. Fim do café e vamos às compras.
Passo pelas escadas rolantes ainda com o gosto do café e pensando nas escolhas que viriam a seguir, light ou diet, barato ou melhor, integral ou desnatado. Passo rapidamente pela lotérica, compro uma garrafa d'água e direciono o carrinho de compras para o fundo da loja. Começo sempre pelos produtos de limpeza e de higine pessoal. A comida dos gatos também pode ser encontrada lá. No meio do corredor dos desinfetantes está um casal de aproximadamente 40 anos.......de casados. Discutiam algo sobre como ela esquecera de ver se o desinfetante havia acabado ou não. Uma discussão que levada na ponta do lápis, saíria bem mais em conta se simplesmente fosse comprado um frasco do objeto em questão e ponto final. O consumo de energia envolvido na discussão foi maior que o valor do produto.
Chego ao corredor dos shampoos e todo tipo de apetrecho capilar. Minha passagem foi relativamente rápida nesse retão do supermercado, mas quase no fim, antes da curva do desodorantes, uma derrapagem brusca, que se não fosse por eu estar segurando firmemente o carrinho, com certeza hoje eu estaria num hospital com no minímo uma perna fraturada. Após o susto, busco o que me levou aquele quase desastre ortopédico. A aparência era estranha, como um mingau mais denso. A cor bege não dava uma indicação mais apurada, mas com certeza era algo que deveria estar na cabeça de alguém e não no chão do supermercado. O problema era que "aquilo" havia se espalhado por uma área enorme e não era mais possível saber até onde ia a influência escorregadia daquele produto.
Deixei meu carrinho num canto e comecei a marcar a área com todo tipo de produto (a foto acima foi tirada no local do crime). Um círculo formado por vários tipos e marcas de produtos para os cabelos, parecia uma cópia bem tosca de Stonehenge, aquele monumento na Inglaterra que ninguém sabe quando foi feito, e nem para quê.
Terminada a demarcação, corro até um funcionário e aviso-lhe do problema e digo-lhe que fossem rápidos, pois alguém ia acabar por machucar-se seriamente.
Volto ao local e fico observando as pessoas que passam pelo local escorregadio. Felizmente a escultura com os potes e frascos ainda continuava lá. Alguns simplesmente desviavam, outros olhavam e não entendiam nada. Uma menina de uns 10 anos disse a mãe que aquilo parecia vômito de cachorro. Uma senhora ficou olhando, olhando......se abaixou balançou a cabeça e pegou um dos potes!!!! Ela simplesmente não reparou na lambança que aquele creme havia feito no chão. Menos mal que esperei um pouco mais. Uma senhora de uns 50 anos, passa pelo local, olha a arquitetura daquele potes, dá uma risada e diz ao marido:
"Ihhh bem....olha só........uma macumba de supermercado!!!!".
Pensei comigo, quem sabe pudera ser mesmo, uma macumba........para fazer cair o cabelo da vizinha que se deita com o marido da macumbeira!!!!
Espero que ninguém tenha se machucado e muito menos ter ficado careca por influência de algum Orixá.