Culpa Social
São novos os tempos, diferentemente do que nasci, lógico, também alheio do que cresci, é outro. São tantas as diferenças, sendo que quando paro e penso, assemelho a igualdade de antigamente apenas a mim. Velho egoísmo. Não é um mundo de sonhos, fantasias ou afins. É uma carnificina, um amontoado de idéias refutáveis, de gente – apenas corpo – sem alma, e nem coração. E parte de mim, de você, desta sociedade viciada, que apenas sabe cobrar. Sociedade cruel, passo assim a denominá-la, pois é assim que és, que age. Cobra-se de tudo, mas não contribui-se com nada. Doa-se apenas migalhas financeiras, suada e ganhada no dia-a-dia, num mundo capitalista. É pouco, não é nada!
Cobra-se saúde de governantes, mas não há cuidado próprio, não cuidamos do próximo, não parte de nós - fuma, bebe, usa drogas, sedentário, predisposição genética-, e assim se segue, por toda vida, e é este que cobra saúde. Nunca haverá. Com toda a certeza!
Educação. Não se educa, espera-se de “professores”, sobrecarrega docentes, e a culpa da malformação intelectual recai. Nunca é nossa.
Segurança. Quem mata, rouba, ofende, esmigalha pessoas ou animais, degrada ambiente? Somos nós! É essa sociedade cruel e malfeitora.
O mundo será diferentemente melhor quando nos engajarmos, assim que deixarmos a cobrança e a culpa (nunca somos os culpados!?), quando não cuidarmos do próprio umbigo.
É a sociedade, a malfeitora do mundo, a causadora dos males, ou não?