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QUE CATEGORIA SERIA EU SE LIVRO EU FOSSE?



Imaginei como seria se livro eu fosse e numa editora, escolheria a categoria a que melhor me enquadrasse de acordo com meu estilo literário.

 
Um LIVRO RELIGIOSO onde pudesse proferir minha fé em Deus? Não, não... Melhor escolher outra categoria!  Creio em Deus, n’Ele tenho fé. Mas, tenho andado descrente, decepcionada, envergonhada com a religião a qual pertenço. Apesar de ser católica desde o ventre materno e ter começado a aprender por volta dos seis anos, na minha primeira catequese que foi meu lar onde conheci as primeiras lições doutrinárias da Igreja Católica Apostólica Romana, não estou satisfeita com seus ensinamentos ultimamente... E para ser um livro religioso eu deveria ter convicção da minha religiosidade, de estar firme no meu pensamento e aceitar e acatar tudo que reza a Santa Madre Igreja de Deus. De Deus ou dos homens? Ah... Tenho dúvidas, então não vai dá para ser este tema, pois eu não concordo, não aceito e não comungo com as barbaridades, com os abusos e absurdos que tenho presenciado no catolicismo. E além do mais, eu prefiro ser rejeitada pelas verdades proferidas a ser bajulada por condescender com mentiras.

Um LIVRO DE AUTO-AJUDA onde choraria todas as dores do mundo, as mágoas, as desavenças, as perdas, os desenganos, o desamor e ensinaria a ver o lado bom e positivo da vida, mostraria as saídas dos labirintos, ensinaria como abrir portas ou olhar pelas janelas caso trancadas fossem as portas e como construir uma ponte para encurtar os problemas e chegar na frente com uma solução ou como derrubar barreiras e conquistar o coração do inimigo? Hum... Acho que também não, pois não tenho todas as respostas. Há dias em que mesmo eu preciso valer-me de apoio para sair dos buracos negros que por algumas vezes me vejo cair...

Quem sabe um livro de HUMOR? É! Sou alegre, gosto de piadas, gosto de brincar, de divertir as pessoas amigas, fazer palhaçadas! Se bem que não seria ainda uma boa ideia, pois de vez em quando faço umas piadinhas sem sal e sem graça... Não, piada não é para qualquer um, humor é coisa séria!

 Já sei! Um livro de ARTES. Sim, eu pintaria meus sonhos em desenhos e meus versos seriam pictográficos. Usaria um arco-íris de cores e coloriria o mundo de acordo com meu humor! Ai, meu Deus! Lembrei-me de que de pintora eu só possuo mesmo o nome... A outra Djanira sim tinha o dom de pintar, eu não. De arte só sei “pintar” o sete! E esse “pintar” não significa colorir... Mas, fazer bagunça. O jeito é esquecer esse negócio de arte!

Agora sim acho que acertei. Serei um livro de ROMANCE DE AMOR! Eu vivo cantando o amor em verso e prosa pelos quatro cantos do Universo! Quis até bulir na sepultura do poetinha Vinícius contradizendo-o que amor não apaga, inflama, quando ele disse “(...)Que não seja imortal, posto que é chama.” Ah, amor faz-nos arder feito chama e cometer as mais atitudes insanas... Se bem que quando um amor acaba ou me separo dele, eu não sei fingir o amor, aí eu sofro, choro e me rasgo em prantos e poemas e o meu romance não seria mais de amor, seria uma verdadeira tragédia grega... Não, o amor é belo e doce, porém é caminho de duas vias,  tem sua dualidade... É contraditório e eu sei viver o amor, não saberia descrevê-lo. Este feito é para mestres e eu não sou. Não cantarei o amor, pulo esta categoria, escolho outra ou desisto...

Já vi que essa ideia de ser livro não vai dar certo para mim, por mais que eu escolha, em nenhum deles me encaixo... 

Sabe de uma coisa? Talvez eu não deva ser um livro... Isso! É claro, é óbvio! Já sei o que serei... Serei um CADERNO!

Sendo caderno posso escrever um pouco de tudo e de tudo aquilo que eu tiver convicção. As auto-ajudas, as certezas na fé em Deus, o humor que fizer até uma pessoa triste sorrir, a beleza do amor, essas coisas eu as escreverei com caneta. Agora, os maus pensamentos, as mágoas, as dores, as perdas, os abandonos, os desamores, escreverei à lápis, pois conforme elas forem partindo de mim, eu as apagarei.

No caderno que serei, vai ser tipo um manual ou uma enciclopédia onde escreverei de tudo um pouco e  ainda assim, por mais que eu me revele, vai ser sempre e por toda vida, um milésimo de mim...